terça-feira, 18 de maio de 2010

VIDEODROME - A SÍDROME DO VÍDEO

(VIDEODROME)
Canadá - 1983
Dir.: David Cronenberg


Máquina de fazer doido.
Max Renn (James Woods, ótimo como de hábito) é sócio de uma pequena emissora de TV a cabo especializada em sexo e violência, sempre em busca de novos programas para incrementar sua programação. Até o dia em que um empregado capta via satélite um sinal pirata de TV transmitindo um programa chamado Videodrome - basicamente uma sequência de torturas - que fascina Renn e o faz descobrir que aquilo é o que ele quer apresentar em rede nacional.
Ele aciona Masha, agenciadora de vídeos independentes, para que ela localize a produtora do tal programa, já sabido por eles ser em algum lugar dos EUA. Esta o alerta que o Videodrome é mais do que um programa de televisão, e Renn acaba descobrindo da pior forma que aquilo é algo capaz de dominá-lo como se fosse uma espécie de vício, gerando um tumor cerebral capaz de provocar alucinações e fuga da realidade.
Parece que Cronenberg previu BBB e outros programas do gênero anos atrás...
Aqui a TV é uma máquina de dominação e de fazer doidos mesmo. O tal programa é quase um organismo vivo, capaz de provocar dominação e alterações físicas em seus espectadores (dependentes?)
Cronenberg não evita cenas nojentas (numa era pré-CGI), e apresenta uma ótima aonde um homem se desfaz em cena.
Provavelmente um dos melhores filmes do diretor canadense, e uma das obras mais provocadoras e inquietantes do cinema.
Com Deborah "Debbie" Harry, da banda Blondie, interpretando uma sadomasoquista que se entrega com prazer às torturas do programa, numa cena bizarra aonde a TV parece ser punida pelo lixo que despeja em nossas casas.
Imperdível.

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