quarta-feira, 13 de março de 2013

TERRA DE VAN DIEMEN

(VAN DIEMEN'S LAND)
Austrália - 2009
Dir.: Jonathan auf der Heide


Van Diemen era o nome pelo qual era conhecida a ilha de Tasmânia, ao sul da Austrália, e para onde eram mandados, pela Inglaterra, os presos considerados irrecuperáveis ou reincidentes, e aonde eram submetidos a trabalho escravo.
O filme conta a história de Alexander Pearce e seu grupo - oito homens que fugiram durante o trabalho, em 1822, mas por um erro de planejamento foram obrigados a seguir em direção ao interior da ilha, na esperança de chegar aos povoados no outro lado. O problema é que o lugar é coberto por uma floresta densa, mas sem nada que pudesse alimentá-los, além de ser época de chuva, frio e até neve.
Quando os poucos mantimentos que carregam acaba, surge a única alternativa: abater um deles para servir de alimento, e assim é feito.
Logo outros vão sendo abatidos e o grupo segue em frente, sem chegar a lugar nenhum, sendo Pearce o único a sobreviver e ter sua história considerada como fantasiosa - ele foi acusado de inventar tudo para acobertar seus colegas. À propósito, a primeira morte é extremamente incômoda, com a vítima se debatendo em rápido frenesi. A terceira e a quarta também, essa pela brutalidade.
O filme é bom, embora longo, e o mérito do diretor é não focar apenas no canibalismo, mas sim a degradação física e mental dos prisioneiros, e a paranóia que se intala em determinado momento, pois todos sabem que um deles será o próximo a servir de almoço.
Heide concebeu um projeto de um curta, que foi elogiado, e então ele convocou o mesmo elenco para realizar um longa, e fez um filme bem legal, de música estranha e fotografia esmaecida, que parece aumentar a angústia que o filme transmite.

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