quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O EXÉRCITO DO EXTERMÍNIO

(THE CRAZIES)
EUA - 1973
Dir.: George A. Romero


Avião contendo uma arma biológica cai nos arredores de uma pequena cidade e causa um surto de loucura entre seus moradores ao contaminar a água: alguns se tornam violentos; outros, completamente apáticos. Cercados pelo militares e sem saber ao certo o que está acontecendo, resta a alguns deles resistirem ao cerco e tentar escapar, o que é o que acontece com um grupo formado por um bombeiro voluntário e sua namorada enfermeira; um amigo de ambos e um pai com sua filha já contaminada. Em uma cena curiosa, que mostra a insanidade que toma conta de todos, enquanto um grupo combate o exército, uma mulher varre o chão no meio da troca de tiros.
Produção de George Romero, fora (mas nem tanto, o comportamente de alguns lembra os dos mortos vivos) do universo de seus filmes de zumbi, tem história muito semelhante ao do recente, e ótimo, "O Sinal", embora neste o foco seja na doença, e no de Romero na tentativa de controlá-la. A impressão, embora mais de 3 décadas separem os filmes, é que ambos se completam.
É curioso, não tem muitas cenas de gore e tem o viés político que Romero gosta de imprimir a seus filmes, aqui com crítica ao comportamento do exército e seu pouco caso com a população e seus soldados, pois se cogita o lançamento de uma bomba atômica, sem a retirada dos soldados, devido ao risco de contágio. Aliás, o exército é até mostrado como algo aonde falta inteligência, pois leva para o centro do contágio o único cientista capaz de descobrir a cura, e o instala em um hospital sem a menor condições de pesquisa; em outra cena um militar reclama ser um oficial de comunicações, e nada saber sobre como lidar com a situação vigente.
George Romero sempre vale a vista, até para comparar com o remake previsto para este ano.

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