quinta-feira, 30 de abril de 2009

CÃES ASSASSINOS

(THE BREED)
EUA / África do Sul - 2006
Dir.: Nicolas Mastrandrea


Grupo de cinco jovens vai passar o fim de semana em uma ilha herdada de um tio por dois deles quando são atacados por uma ferocíssima matilha aparente contaminada por raiva.
Produção de Wes Craven que não é primeira nem a última e nem a mais original sobre cães de maus bofes, mas que dá pro gasto.
Segue aquele manual básico sobre como fazer uma filme de terror aonde humanos enfrentam algo que está afim de devorá-los: primeiro chega um casal que logo é morto por algo que a câmera não amostra, mas que o título nacional e o pôster entregam. Depois chegam nossos (desinteressantes) heróis, em um hidroavião, que são aqueles de sempre: o certinho com a namorada, outro um tanto irresponsável, a gostosinha e o deslocado. Logo fica claro quem morre; eles tentam fugir, fracassam e alguém morre. Tentam de novo, outro alguém morre mas eles escapam não antes de ficarem presos em algum lugar cercados de cães e encontrarem o porque destes estarem com o diabo no corpo. E tem o tradicional susto final.
Fora isso, não tem sexo, nem nudez - as moças aparecem de biquini rapidamente - e as cenas de sangue são poucas. Não tem CGI e ainda tem Michelle Rodriguez, de Lost e Velozes de Furiosos. Dá pra assistir sem susto.
Quer dizer, a menos que você tenha medo de cachorro.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

>>O SINAL

(THE SIGNAL)
EUA - 2007
Dir.: David Bruckner / Jacob Gentry / Dan Bush


Um estranho sinal vindo não se sabe de onde enlouquece uma cidade e os moradores passam a matar uns aos outros em estranhos atos de loucura.
O filme se divide em 3 partes: na primeira, Mya sai da casa do amante, Ken, em dúvida se deve ou não largar o marido e fugir com ele. Ao chegar em casa percebe que há algo errado com os moradores do prédio; seu marido, Lewis, enlouquece e ela consegue escapar dele, sendo perseguida pelo mesmo que a essa altura já fizera Ken de prisioneiro. É a parte mais violenta do filme.
A segunda parte muda o foco para o humor negro. Lewis chega a uma casa aonde a dona espera os convidados para uma festa de ano novo; mas a moça já enlouquecera e matara o marido, e sua preocupação é como receber os convidados com o cadáver do dito cujo no meio da sala. Ken consegue fugir, e ele e Lewis, que em sua loucura chega a achar que a dona da casa é Mya, seguem atrás desta, que fora para a estação de trem encontrar Ken e então fugirem da cidade.
Na terceira, o trio se encontra na estação e, obviamente, a estória não pode acabar bem.
Parece um tanto confuso, mas é dos filmes mais originais dos últimos tempos. É como um extermínio ou madrugada dos mortos, aonde ninguém baba sangue ou necessita de bala na cabeça para ser morto. Não tem nenhuma explicação para o ocorrido, ou personagens adolescentes sedentos por sexo.
As pessoas simplesmente enlouquecem, e quem o espectador pensa ser são, talvez esteja igualmente louco.
Tem todo tipo de morte: com tesoura de grama, pá, uma angustiante cena de morte por envenenamento, espancamento, etc.
Tem aquele jeitão de produção barata, e cada parte do filme foi dirigida por um dos diretores/roteiristas, mas mesmo assim o resultado é coeso e uniforme.
Uma ótima pedida que merecia ter tido melhor divulgação.

domingo, 12 de abril de 2009

POSSUÍDA PELO MAL

(GABAL)
Coréia - 2005
Dir.: Shin-yeon Won


Paciente em estado terminal devido à leucemia, Sun-Hyeon é mandada para morrer em casa. Para tentar melhorar sua auto-estima, sua irmã lhe compra uma peruca que, obviamente, elas não sabem estar possuída pelo tradicional espírito vingativo de 11 em cada 10 filmes de terror vindos do oriente.
O que acontece, é que Sun tem sua vida completamente modificada; sua saúde dá sinais de melhora, seu comportamento é alterado, assim como seu aspecto físico. Logo, todos a sua volta começam a perceber as diferenças e a terem suas vidas alteradas, o que desperta a desconfiança de sua irmã acerca do objeto.
Não, não é uma comédia; é terror mesmo.
É lento, um tanto confuso, e longo demais (poderia se resolver com 20 minutos a menos). Só surpreende pela revelação da identidade da "dona" do cabelo maldito usado na confecção da peruca possuída.
Tem pelo menos uma cena legal e algo perturbadora: uma sequência envolvendo uma cabeça, sangue e comprimidos, além de uns efeitos legais com a peruca, infelizmente muito rápidos.
Na absoluta falta do que fazer, assista.

sábado, 4 de abril de 2009

DRÁCULA, O PRINCÍPE DAS TREVAS

(DRACULA, PRINCE OF DARKNESS)
Inglaterra - 1966
Dir.: Terence Fisher


Dois casais de férias são alertados por aqueles aldeões assustados de sempre para não se aproximarem de um certo castelo, em cima de uma montanha. Não adianta nada, pois ao chegarem próximo ao tal castelo são abandonados pelo cocheiro que diz retornar no dia seguinte para levá-los de volta.
É aí que surge um coche vazio, e ao entrarem na carruagem são imediatamente levados ao tal castelo aonde não deveriam ir e são recepcionados por um misterioso mordomo e um farto jantar. O mordomo explica que seu patrão morreu há 10 anos, mas deixou ordens para que qualquer visitante fosse bem recebido.
Logo ele sacrifica um dos visitantes, e com o sangue do morto ressuscita Drácula, numa interessante cena de sobreposição de imagens. A partir daí é o de sempre: Drácula tentando cooptar a donzela restante e seu marido tentando salvá-la.
Mais uma produção da Hammer, que essa sim, é sequência direta do Drácula (1958), inclusive com cenas da morte do vampiro no filme anterior. Tem o de sempre: a floresta sinistra; os aldeões assustados que se tornaram avós daqueles velhinhos que sempre alertam sobre os assassinos dos filmes de terror; moças com decotes e um padre corajoso. Além disso, respeita a mitologia do vampirismo como alho, água benta, crucifixos e a pouca lembrada possibilidade de matar o vampiro por afogamento em água corrente.
Diz a lenda que Lee detestou o roteiro, e por isso seu personagem só aparece depois da metade do filme e não tem falas. O vampiro também tem um ar triste que tem bem a ver com sua condição de morto vivo.

AS NOIVAS DE DRÁCULA

(THE BRIDES OF DRACULA)
Inglaterra - 1960
Dir.: Terence Fisher


Moça a caminho de uma escola para moças, para em um povoado e, apesar dos avisos dos assustados moradores do lugar, aceita o convite da misteriosa Baronesa Meinster (uma figuraça com suas imensas ombreiras) para passar a noite em seu castelo.
É aí que a incauta descobre que a baronesa mantém o próprio filho acorrentado em um quarto, e caída de amores por alguém que mal conhece, concorda em libertar o rapaz.
Só que o dito cujo havia sido vampirizado por Drácula, morto no filme anterior, e está pronto para espalhar sua maldição pelas moças do lugar, além de pôr seus caninos no pescoço da donzela que o libertara.
É sequência de Drácula (The Horror of Dracula), e repete Peter Cushing no papel de Van Hensing. Obviamente Christopher Lee faz falta, e David Peel está longe de ter seu carisma.
De qualquer forma, é uma produção bem cuidada, com os elementos de sempre nos filmes do gênero produzidos pela Hammer: os aldeões assustados, cenários grandiosos, belas atrizes e boa produção, além da direção de Terence Fisher.
O filme seguinte traria de volta Christopher Lee, mas não teria Cushing.

DAGON

(DAGON)
Espanha- 2001
Dir.: Stuart Gordon


Paul e Barbara, e Howard e Vicki, estão passeando de barco quando são atingidos por violenta tempestade. O barco é lançado contra umas pedras e Vicki fica com a perna presa. Paul e Barbara saem então em busca de ajuda e encontram um padre e um marinheiro estranhos. Este vai com Paul ao barco e o padre leva Barbara até um telefone.
Quando chega ao barco, Paul descobre que o outro casal desaparecera, e ao retornar ao continente descobre que Barbara também sumira. É levado então a um sinistro (pra dizer o mínimo) hotel, aonde acaba cercado e depois perseguido pelos ainda mais sinistros moradores do lugar.
Ao encontrar um velhinho, ele então descobre que os antigos moradores do local abandonaram Deus e passaram a cultuar uma entidade misteriosa, Dagon, que lhes deu fartura, porém agora os estava transformando em... peixes!
Um conto curto de H.P. Lovecraft, dirigido e filmado na Espanha pelo especialista Stuart Gordon, de Re-animator, gerou um ótimo filme de terror, infelizmente mais obscuro do que merecia. O ritmo é frenético e um pesadelo do protagonista no começo do filme já antecipa o que está por vir.
O clima gótico lembra muito as produções da Hammer; a maquiagem ajuda muito (a cena do personagem tendo o rosto arrancado causa arrepios) e até os efeitos digitais são favoráveis. Um filmaço.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O REINO II

(RIGET II)
Dinamarca (TV) - 1997

Dir.: Lars von Trier


Segunda temporada da série de Von Trier, repete exatamente o mesmo elenco da primeira temporada. Estão lá os mesmos personagens estranhos da temporada anterior, além do bebê-monstro nascido no último capítulo. Aqui os fantasmas se fazem mais presentes, e agora há um foco maior na comédia, principalmente via non sense e humor negro (são impagáveis os monólogos de Helmer debruçado na privada admirando suas fezes e as comparando com navios). Além disso, repete-se a fotografia avermelhada e a câmera sempre tremendo.
Quem é fã da série vai gostar das conclusões encontradas para os finais deixados em aberto, ainda que a nova temporada também deixe inúmeras pontas para uma terceira, que não veio.
Fazem parte da nova temporada elementos como a crítica a burocracia; a implicância dos médicos com a medicina alternativa; a inexistência de heróis e vilões (como na temporada passada); o descaso com doentes e por aí vai.