sábado, 28 de dezembro de 2019

THE CLEANSING HOUR

(THE CLEASING HOUR)
EUA - 2019
Dir.: Damien Le Veck


Falso padre (na verdade, um ex-padre) faz sessões de exorcismo fakes pela internet, até que o cramulhão decide dar as caras, de forma a dar certa veracidade a coisa.
Só que, conforme vamos ver no andamento do troço, o capeta já está antenado com as coisas da internet e tem planos grandiosos para a nova ferramenta para a qual lhe foi dado acesso.
Filme meio sem noção, histérico, que poderia ter aproveitado sua trama pra discutir fake news e uso da internet para manipular gente tosca, que até elege presidente da república, mas fica só no limite do assistível.
É extensão de um curta, de mesmo nome.

SANG KRASUE

(SANG KRASUE)
Tailândia - 2019
Dir.: Sitisiri Mongkolsiri


Horror com toques de drama sobre uma lenda do sudeste asiático, que já foi tema do inominável "Leák", aonde uma cabeça voadora com as entranhas penduradas - pulmões, intestinos, coração, etc, sugava o sangue de incautos em Bali, na Indonésia.
A história aqui é parecida: mulher é amaldiçoada pela tal Krasue do título, e sua cabeça se separa do corpo durante a noite pra se alimentar de sangue, no caso, de animais, e é caçada por um fanático que se dedica a colecionar cabeças de Krasues.
A moça amaldiçoada, Sai, é objeto de desejo de dois sujeitos e, quando descoberta, passa a ser acobertada por um deles, mesmo sabendo que seu segredo não vai poder ser mantido por muito tempo.
Pra fugir da tosquice das entranhas penduradas do pescoço de uma cabeça voadora, colocaram um efeitos de CGI pra fingir uma espécie de tentáculos, o que não compromete muito as qualidades da película.
É interessante, por explorar e apresentar lendas do folclore local, e talvez só seja longo demais.
Feio mesmo, e imperdoável, é a maquiagem de um dos personagens, que perde os dentes, mas a gente continua vendo eles pintados de preto.

domingo, 22 de dezembro de 2019

THE FURIES

(THE FURIES)
Austrália / Emirados Árabes Unidos - 2019
Dir.: Tony D'Aquino


Mulheres acordam, sem saberem porque, dentro de caixas em uma floresta aonde são perseguidas e brutalmente assassinadas por homens usando estranhas máscaras.
Elas então percebem a lógica do "jogo": cada assassino está ligado a uma mulher, e se essa mulher morre, ele também morre. Ou seja, eles têm que defender a "sua" mulher, e matar as demais. E se elas se matarem, também se livram de seus algozes.
Filme pra lá de estranho, brutal, meio misógino, embora a mulherada não se entregue ao domínio masculino.
Tem alguma subleitura, do tipo: os homens ou são violentos ou assumem que as mulheres são fracas e as defendem; por outro lado, as mulheres são presas dos machos, e quando o bicho pega, elas se mostram desunidas.
Ou seja, além de explorar a violência, o diretor também tenta se aprofundar na guerra dos sexos.

domingo, 8 de dezembro de 2019

HISO HISO BOSHI

(HISO HISO BOSHI)
Japão - 2015
Dir.: Sion Sono


Yoko Suzuki, robô de forma feminina viaja pelo espaço, em uma nave em forma de casa, fazendo entregas para os poucos humanos que restaram e que vivem espalhados, praticamente solitários em seus mundos.
A viagem é longa, algumas entregas podem demorar 2, 3 anos, e a coitada já está há 14 anos viajando e a expectativa é de mais 11.
Para passar o tempo, ela registra suas impressões, para que uma sucessora talvez saiba como é sua rotina.
É difícil descrever isso aqui, assim como é difícil descrever a maioria dos filmes de Sono.
Aqui ele fala basicamente sobre a solidão e como os seres humanos, recentemente, parecem buscar a solidão e o isolamento, ao contrário de épocas remotas, em que as cidades cresceram justamente por essa necessidade de troca entre os humanos, facilitada pela distância mais curta das cidades, ao contrário do campo.
Por outro lado, também dá pra se observar críticas a mecanização da sociedade e a já famosa "uberização", aonde tudo está ao alcance de um pedido através de um aplicativo e resta a pobres coitados mal remunerados a entrega desses bens valiosos para quem recebe, enquanto ao entregador resta uma migalha - aqui a robô recebe suas migalhas na forma de pilhas que lhe alimentam em sua interminável viagem.
A sequência final é incrivelmente impressionante, e parece mostrar um museu surreal de situações de quando os humanos existiam como grupo social.
É pra ver e sentir, não pra entender.

THE UNSEEN

(THE UNSEEN)
Canadá - 2016
Dir.: Geoff Redknap


Filme esquisito sobre um homem que está desaparecendo. Isso mesmo, seu corpo está se tornando paulatinamente invisível, como se vê pelo pôster, que é bem autoexplicativo.
Só que ele tem uma filha, que herda a condição do pai.
É mais um drama bizarro, que não parece ter muito a dizer, mas que ainda assim serve pra passar o tempo.

domingo, 1 de dezembro de 2019

THE ROOM

(THE ROOM)
Luxemburgo / França / Bélgica - 2019
Dir.: Christian Volkman


Casal se muda da Europa, aparentemente são belgas, mas só conversam entre si em inglês, sem sotaque, e a gente fica sem entender o porquê disso.
Mas, voltando ao tema do filme, eles se mudam pra um casarão caindo aos pedaços nos arredores de Nova Iorque, pra ele poder trabalhar em seu ramo, as artes plásticas.
Só que o lugar guarda um quarto secreto, trancado por uma fechadura esquisita, que tem uma peculiaridade: realiza todos os desejos materiais dos donos do lugar.
Eles então se acabam na futilidade: dinheiro, jóias, quadros de artistas famosos, etc, até que a moçoila, que sofreu dois abortos, tem uma idéia que é essa mesma que você está pensando.
Então, o que eles não sabiam é que a casa foi palco de duas mortes, e o assassino alega ter agido a mando do quarto, e aí vem uma revelação: nada criado pelo quarto pode existir fora das paredes da casa.
É um drama com toques de fantasia e horror que é curioso e bem tocado pelo diretor.