sábado, 27 de fevereiro de 2010

QUATRO MOSCAS NO VELUDO CINZA

(FOUR FLIES ON GREY VELVET)
Itália - 1971
Dir.: Dario Argento


Músico é seguido por um homem e acaba matando-o acidentalmente, sendo fotografado por uma figura misteriosa usando uma máscara.
Ele passa a receber fotos e outros objetos, sem saber quais os objetivos do suposto chantagista, visto esse nunca pedir dinheiro.
Aconselhado por um amigo, ele contrata um detetive particular, mas esse também termina morto.
Depois que a nova namorada morre, a polícia entra no caso e a solução para o mistério pode estar na retina da vítima: partindo da suposição de que o morto registra na retina a última imagem vista antes da morte, a polícia submete os olhos da vítima a um experimento e o resultado é o título do filme.
O terceiro filme de Argento foi rodado no mesmo ano de "O Gato de Nove Caudas", e é o terceiro filme da trilogia dos animais, em sequência a "O Pássaro das Plumas de Cristal".
A habitual boa direção em uma trama Hitchockiana. Destaque para um afetadíssimo detetive gay, que em 3 anos não resolveu nenhum dos 84 casos em que esteve envolvido. Tem ainda uma participação de Bud Spencer como Deus, não o criador, mas um amigo do protagonista.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TEMNYE VODY

(TEMNYE VODY)
Rússia / Itália / Inglaterra - 1993
Dir.: Mariano Baino


Elizabeth chega a um convento localizado em uma ilha de um país incerto, provavelmente no leste europeu, para tentar saber mais sobre seu passado. O local é quase medieval, não tem eletricidade e as freiras vivem em completo isolamento.
Ela espera encontrar uma amiga que vive lá, mas depois descobre que a moça morreu, e que o lugar vive às voltas com um mistério que envolve um antigo amuleto. Depois de travar amizade com uma das freiras, elas começam a investigar os motivos da morte de Thereza, a tal amiga.
Produção multinacional, com diretor italiano e roteiro que lembra o de “Suspiria”, de Dario Argento, mas é confuso, e as vezes dá a impressão que a protagonista apenas anda pra lá e pra cá. O filme se garante nas boas cenas e na fotografia, valorizada pela presença do fogo em quase todas as passagens, além de uma rápida cena de gore.
É bem cotado nos sites especializados, mas não é nada imperdível.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A MANSÃO DO INFERNO

(INFERNO)
Itália - 1980
Dir.: Dario Argento

Segundo filme da trilogia das Mães, de mestre Argento.
Rose compra um livro raro sobre as "Três Mães", escrito por um suposto alquimista e arquiteto Varelli, que afirma ter construído as casas de 3 bruxas que governariam o mundo: a Mãe dos Supiros, moradora de Friburgo, Alemanha, e morta no filme anterior, "Suspiria"; a Mãe das Trevas, moradora de Nova Iorque; e a Mãe das Lágrimas, moradora de Roma, objeto do último filme da trilogia.
Ela conclui que o tal prédio seria o em que ela mora, e começa a bisbilhotar até descobrir uma área alagada e um cadáver no porão.
Rose termina morta de forma violenta por alguém de luvas negras (um mito do cinema de horror italiano), mas antes escreve para o irmão Mark, em Roma, mas a carta acaba na mão da assistente dele, outra abelhuda, que lê a carta e ao procurar se informar sobre o livro em uma biblioteca romana acaba topando com uma figura sinistra e tendo o mesmo destino que a outra.
Mark então vai a Nova Iorque procurar a irmã, e começa a investigar o prédio, instigado por uma vizinha e amiga da irmã. Enquanto isso, o assassino de luvas negras vai matando os moradores do prédio sem motivos aparentes.
Esse aqui não tem música da banda Goblins, habitual colaboradora de Argento, tem um roteiro mais simples que o anterior e se vale de uma fotografia irreal, que realça o azul e o vermelho.
Vale pela direção visivelmente detalhista e artesanal de Argento, que busca a valorização dos enquadramentos e o uso de cenários e da citada fotografia.
Tem também uma violenta sequência de ataque de gatos capaz de deixar "Deixe Ela Entrar" parecendo teatro infantil.
E ainda tem Alida Valli, que roubava a cena como a professora Tanner em "Suspiria" infelizmente num papel bem menor que o anterior, mas mesmo assim marcante por seu sorriso assustador.
Como curiosidade, Argento adoeceu durante a filmagem, e Mario Bava assumiu a direção de algumas cenas, como a do ataque dos ratos, e Lamberto, seu filho (diretor do clássico "Demons"), foi assistente na produção.

O CASTELO ASSOMBRADO

(HAUNTED PALACE)
EUA - 1963
Dir.: Roger Corman


Charles Dexter Ward (Vincent Price) recebe um castelo de herança de seu tataravô, Joseph Curwen (também Price), um satanista que foi queimado vivo 110 anos antes pelos moradores do vilarejo próximo devido aos roubos de corpos e hipnose das mulheres da vila para que servissem à seus propósitos.
Logo ao chegar ele percebe a antipatia dos moradores ao revelar quem é, além de testemunhar a existência de seres humanos deformados, vítimas da suposta maldição lançada por seu antepassado sobre os moradores e seus descendentes no momento em que foi jogado nas chamas.
Ward planeja vender o castelo (trazido pedra por pedra da Inglaterra, a exemplo de "O Solar Maldito"), mas é dominado pelo espírito (ou consciência de seu antepassado) que resolve continuar com seus rituais, visando trazer de volta a vida sua amante da vida passada, sendo para isso assessorado por dois mortos vivos (um deles é Lon chaney Jr.). Paralelamente, ele aproveita para se vingar dos descendentes de seus algozes.
Mais um da brilhante parceira Corman/Price que rendeu entre outros o genial "A Máscara da Morte Rubra". Esse aqui é baseado em um poema de Allan Poe e num conto de Lovecraft, e é possível perceber o primeiro no quadro na parede e o segundo no culto ao demônio.
Ótima atuação de Price, bons cenários e direção.
Imperdível.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

VIDAS PASSADAS


(DEK HEN PEE)
Tailândia - 2006
Dir.: Patchanon Thammajira


Prae e Pong, casal esperando o primeiro filho vai morar na casa da mãe dele, e tem como vizinhos uma mulher perturbada desde a morte do marido, e que se mata pondo fogo na casa.
Após nascer, a criança passa a chorar constante com cólicas que deveriam passar após alguns meses, segundo os médicos, coisa que não acontece. A mãe dele pede para levarem a criança a um templo budista, para receber uma benção, e o monge lhes avisa para aguardarem até a criança completar um ano.
Como a criança não melhora, Prae decide procurar um especialista, acreditando que a criança tem algum problema espiritual, pois a cada crise parece que alguma coisa trágica acontece.
Mais uma produção oriental sobre fantasmas em busca de vingança.
Nunca uma criança chorou tanto e tão irritantemente em um filme quanto neste.
A cena registrada no pôster rende uma rápida sequência angustiante, além de uma outra semelhante, e improvável, envolvendo uma máquina de costura.
Muito longo para uma história meio batida.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

COLIN

(COLIN)
Inglaterra - 2008
Dir.: Marc Price


Mais um filme de zumbis, agora com um ponto de vista original: o de um próprio zumbi, mas especificamente Colin, que após ser infectado sai de casa e vaga pra lá e pra cá atacando os vivos, lutando por comida com outros semelhantes e tentando fugir de gangues de extermínio (que mais se assemelham a gangues de linchamento) e de outros vivos que apenas querem roubar os despojos dos mortos vivos.
Ele é encontrado pela família, que o leva para casa com o intuito de ajudá-lo, mas logo veêm que isso é inútil.
Produção barata dirigida, produzida, editada e escrita por Price, é original, tem câmera tremida, jeito de produção amadora, fotografia estourada e uma certa lentidão. O jeitão às vezes é de tom documental, com a câmera seguindo os passos de seu protagonista. Segue aquele estilo de zumbi clássico consagrado por George Romero: lentos e desajeitados, vagando pra lá e pra cá atrás de qualquer coisa que esteja viva, e tendo que ter o cérebro estourado para serem defitivamente mortos, além do contágio se dar via mordidas.
Tem gore e volência, mas às vezes se parece mais um drama, tal a tristeza que o filme passa, desolado e sem qualquer tipo de perspectiva para seu protagonista, de quem chegamos até a sentir pena em determinados momentos.

LIVRO DE SANGUE

(BOOK OF BLOOD)
Inglaterra - 2008
Dir.: John Harrison


Terror baseado em Clive Barker sobre uma casa assombrada, que na verdade seria um ponto de intersecção do mundo dos vivos e o dos mortos.
Escritora e pesquisadora do sobrenatural, Mary Florescu conhece um rapaz com poderes de clarividência e o convida para explorar uma casa com fama de assombrada, palco de um violento crime sem explicação, e que no passado teria sido o local de exibição de um famoso vidente, também morto, aparentemente, por um espírito.
Dois contos de Barker, "Book Of Blood" e "On Jerusalem Street", renderam um filme apenas curioso e assistível, que não acrescenta muita coisa ao gênero. Tem uma pequena ponta do eterno Pinhead Doug Bradley.

A ESTRADA

(THE ROAD)
EUA - 2009
Dir.: John Hillcoat


Após um cataclisma que praticamente dizimou a vida na Terra, matando animais e grande parte da população, resta aos poucos sobreviventes vagar por entre cidades destruídas buscando alimento, já que a vegetação foi pouco a pouco morrendo, devido ao rigoroso inverso que se estabeleceu.
Após a morte da mulher, pai e filho decidem seguir rumo ao sul, na esperança de uma vida melhor. No caminho eles terão que enfrentar ladrões e guangues que fazem do canibalismo a única forma de se alimentar.
Baseado em um livro famoso, rendeu um drama cruel, triste e desolador valorizado pela fotografia em tom desbotado. O terror aqui se mostra na forma de um pai que tem a certeza de não conseguir garantir um bom futuro para o filho, e as únicas coisas que ele pode ensinar a este são a se manter longe dos "caras maus" e como se suicidar, caso seja feito prisioneiro, afim de não virar o jantar de alguém. Boa atuação de Viggo Morttensen e participações de Charlize Theron, Guy Pearce e Robert Duvall, todos interpretando personagens sem nomes.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

DOGHOUSE

(DOGHOUSE)
Inglaterra - 2009
Dir.: Jake West


Grupo de 6 amigos (e mais um que chega atrasado e só participa do final da ação), sendo que todos estão às voltas com problemas com suas mulheres, namoradas ou casos, viajam para uma cidadezinha do interior para tentar levantar o astral de um deles, recém separado.
Ao chegar a tal cidade, surpresa: as mulheres se tornaram uma espécie de zumbi graças a algum vírus ou qualquer outra coisa, que só ataca humanos do sexo feminino e estão dispostas a tornar os machos sua caça e devorá-los.
Como em todo filme do gênero, resta a a caça tentar fugir.
Comédia de humor negro inglesa, cheia de gore, seguindo a linha de “Feast - Banquete no Inferno” e “Evil Aliens”, mas que é bem superior a esses dois, embora não cause gargalhadas.
A mulherada vai odiar, afinal as mulheres aqui são literalmente seres descontrolados e devoradoras de homens. A seqüência em que um dos personagens, definido pelos amigos como “misógino neandertal bundão” se torna motivo de briga entre 3 mulheres endiabradas, em contraste com outra aonde 3 amigos arriscam a vida por um quarto amigo deve ser motivo de ódio eterno pelas feministas, por reforçar a imagem de amizade entre os homens e de disputa entre as mulheres.
Bons efeitos, boa maquiagem e bem legal.

O SOLAR MALDITO

(HOUSE OF USHER)
EUA - 1960
Dir.: Roger Corman



Philip Winthrop chega a casa dos Usher em busca da noiva, Madeline, que abandonou a faculdade e se refugiou na antiga propriedade da família, um castelo trazido pedra por pedra da Inglaterra. Ele é recebido pelo irmão dela, Roderick (Vincent Price), um homem recluso que abomina os sons mais altos e a luz excessiva. Este lhe revela que a família carrega uma maldição de séculos, em funções de anos de maldades vividos pelos antepassados dos Usher; que ele e a irmã apenas esperam a morte chegar, e não devem ter filhos afim de não propagar a maldição por gerações futuras.
Direção e produção de Roger Corman, baseado em dos contos mais famosos de Edgar Allan Poe. Terror gótico, com apenas 4 atores no elenco e ótima atuação de Price como o atormentado Roderick. Destaque para a cena aonde ele apresenta seus antepassados: vigaristas, assassinos, falsários, meretrizes... todos estampados em bizarros quadros.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CURA

(KYUA)
Japão - 1997
Dir.: Kiyoshi Kurosawa


Policial (Kôji Yakusho, de "Babel") as voltas com a loucura da própria mulher é encarregado de desvendar uma série de mortes, aonde as vítimas tem o pescoço cortado em forma de X, em geral por pessoas próximas, como maridos ou colegas de trabalho.
As investigações levam a um jovem desmemoriado, que aparentemente hipnotiza suas vítimas e de alguma forma as induz ao crime. Seus motivos são ignorados, e ele apenas responde monossilabicamente as perguntas que lhe são feitas em geral com outras perguntas.
Boas atuações, direção segura de Kurosawa, que não é parente do famoso Akira K., e costuma dirigir até 3 filmes por ano e a habitual qualidade técnica do cinema japonês, embora algumas passagens dentro de um ônibus sejam claramente feitas em estúdio. Destaque para cenários e algumas sequências longas, sem corte, nos moldes de um teatro filmado.
O filme é centrado no policial e no desmemoriado, um verdadeiro enigma em suas origens e objetivos, que o filme nunca esclarece quem é e termina por lhe insinuar poderes sobrenaturais. Atenção para a última cena.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

SUSPIRIA

(SUSPIRIA)
Itália / Alemanha - 1977
Dir.: Dario Argento


Suzy Bannion chega à Alemanha para estudar balé em uma famosa escola de dança. Ela chega a tal escola à noite, debaixo de um temporal e se depara com uma aluna fugindo, transtornada e falando coisas aparentemente sem sentido e que depois morre, em uma sequência bizarra de sangue e gore. No início ela fica hospedada com outra aluna, fora da escola, até passar mal e ser praticamente "mudada" para os alojamentos do lugar.
Intrigada com alguns acontecimentos e por fatos contados pela amiga da morta, ela começa a investigar até levantar a suspeita de que a escola é na verdade um antro de bruxas.
Obra prima de mestre Argento, é antes de tudo um exercício de estilo, com seus enquadramentos surpreendentes, música da banda Goblins e fotografia estilizada, que é uma aula de uso de cores e de elementos cenográficos, criando um clima meio gótico com o uso de decoração da década de 70.
É o primeiro filme da trilogia das mães, aqui retratando a Mãe dos Suspiros, seguido por "A Mansão da Morte", sobre a Mãe das Trevas, e encerrando com o "Retorno da Maldição", sobre a Mãe das Lágrimas.
Um filme absolutamente imperdível, hipnótico, que transcende o gênero do terror. Tem uma refilmagem prometida para esse ano ainda, com produção do próprio Argento, segundo o IMDB e sites especializados.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PONTYPOOL

(PONTYPOOL)
Canadá - 2008
Dir.: Bruce McDonald


Locutor de rádio sensacionalista, e com um pézinho no facismo, está estreando em uma rádio quando, ouvindo o rádio da polícia, ele e a produtora da estação descobrem que uma multidão tenta invadir um prédio. Logo a coisa ganha dimensão, e eles passam a contar com o único repórter da rádio, que próximo ao local narra o que vê: pessoas enlouquecidas se atacando, matando e devorando umas as outras.
A tensão na cidade aumenta, sempre narrada pelo tal locutor, que assim como os espectadores do filme, nada sabem sobre o que se passa, até que uma mensagem em francês apresenta uma explicação: a população está sendo contaminada pela palavra. Isso mesmo, uma espécie de vírus que se alastra não pelo ar, mas pela palavra proferida, e só o inglês carrega tal vírus. Trancados no estúdio, aos dois, mais uma funcionária da rádio, só resta narrar as informações que chegam do repórter e de alguns moradores, até que toda a cidade surte.
Bizarro filme canadense, baseado em um livro, que estimula o espectador a imaginar o que está acontecendo, pois todo o filme se passa no estúdio da rádio e, fora uma rápida cena, os contaminados nunca são vistos.
A impressão que se tem é de uma outra visão para "O Dia dos Mortos Vivos", "Extermínio", "O Exército do Extermínio" e "O Sinal", pois o que se tem aqui é praticamente o mesmo que se conta nesses filmes, com um ponto de vista diferente: se os dois primeiros mostravam a "invasão" e a tentativa de fuga dos sobreviventes; "O Exército..." mostrava a tentativa de ação do governo para controlar a "infecção" e "O Sinal" focava no processo de loucura da população, esse mostra a visão de quem está fora, isolado, e apenas toma ciência dos fatos, sem vê-los ou participar diretamente da ação.
Os canadenses devem ter fixação com o dia dos namorados, pois assim como "O Dia dos Namorados Macabro", esse também se passa próximo da data.
Um filme barato e inteligente, que mostra na forma de parábola a força da palavra como instrumento capaz de levar os homens a atos de coragem ou de loucura. Dizem que vem mais por aí.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O RANCOR 2

(JU-ON 2)
Japão - 2003
Dir.: Takashi Shimizu


A maldição do filme anterior não terminou, e aqui ganha mais uma casa assombrada: a do corretor de imóveis que tenta vender a casa do filme anterior.
Ele se muda com o filho para uma casa igualmente amaldiçoada, mesmo com o aviso da irmã. Essa pressente a presença do mal em ambas as casas, acaba vítima de loucura, e "contamina" a família em uma sequência bizarra.
Sequência rodada no mesmo ano, com o mesmo diretor do filme anterior, segue o mesmo roteiro: pessoas mortas de forma violenta que se encarregam de eliminar os vivos, que depois de mortos passam a agir da mesma maneira que aqueles que os mataram.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O RANCOR

(JU-ON)
Japão - 2003
Dir.: Takashi Shimizu


Rika, assistente social, vai até uma casa cuidar de uma velhinha, cuja família está desaparecida. Ela encontra um menino preso em um armário, e depois presencia uma visão assustadora envolvendo a velhinha. Encontrada em estado catatônico, ela depois vai descobrir que o menino na verdade já estaria morto, assassinado pelo pai, assim como a mãe.
A partir daí, a maldição começa a perseguir qualquer um que entre na casa, ou se relacione com ela, e depois se espalha, visto ju-on ser a energia de pessoas que morreram de forma violenta e não descansaram ainda, e alguns dos mortos acabam seguindo o mesmo destino.
Terror japa, refilmado na América pelo mesmo diretor. Na verdade não tem uma história, apenas segue os que se relacionam com a casa e seu destino: loucura e morte. Shimizu é diretor do genial Marebito. O filme teve continuação, e na verdade é refilmagem de outro filme do mesmo diretor feito para a TV.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PANDORUM

(PANDORUM)
EUA - 2009
Dir.: Christian Alvart


Em um futuro muito distante, uma Terra superpovoada, faminta e devastada por guerras por recursos naturais, decide mandar uma gigantesca nave, com 60.000 seres humanos em estado de hibernação, ao planeta Tanis, de atmosfera semelhante a terrestre e capaz de suportar a vida humana.
Durante a viagem de mais de 100 anos, a tripulação é constantemente revezada, e quando o tenente Payton e o cabo Bower acordam, descobrem que a nave está quase sem energia elétrica, e eles estão presos em uma sala, sem acesso a ponte de comando. Eles decidem que Bower deve ir até o reator e religá-lo manualmente, para que a nave continue seu destino.
Só que no caminho ele vai topar com outros passageiros, sendo alguns deles de uma raça humanóide, brutal, carnívora e disposta a comer qualquer coisa que lhe cruze o caminho.
Mistura de sci-fi com terror, é impossível não lembrar de "Abismo do Medo" ao assistí-lo, principalmente devido a cena do mergulho no poço de sangue. Dá pra lembrar também de "Aliens", "Doom", e de "O Enigma do Horizonte".
Mas é curioso, rápido e bem montado. O desenho da nave é bacana, assim como a caracterização dos tais seres, e a fotografia escura ajuda, mas falta alguma tensão. Bom passatempo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

COLOUR FROM THE DARK

(COLOUR FROM THE DARK)
Itália - 2008
Dir.: Ivan Zuccon


Pietro e Lucia vivem em uma fazenda no interior da Itália, com a irmã dela, Alice, deficiente mental e muda. Um dia, acidentalmente, ele liberta alguma coisa que vivia no fundo do poço e que contamina a água. Logo a fazenda começa a dar frutos deformados, Pietro fica bom de um defeito na perna, Alice fica curada do retardo e da mudez, e Lucia fica com fogo no rabo.
A partir daí começa uma sequência de horrores: Lucia, visivelmente com o capeta no corpo, começa a se mutilar; Pietro chama um padre, mas a endiabrada mulher acaba matando o coitado, e depois parte pra cima de quem lhe aparecer na frente. Só resta ao marido tentar lutar contra a misteriosa força, que começa então a drenar a vida na fazenda, matando animais e a colheita.
E ainda tem Tereza, judia fugitiva, cuja função é morrer e apodrecer na floresta.
Troço italiano, falado em inglês, e baseado em Lovecraf.
Tá, não é tão ruim, mas nada apresenta de novo, só mesmo o fato de se passar na Itália, na época da guerra. E os efeitos são bem simples. Fora isso, vale pela curiosidade.

NOITES DE TERROR

(THE TOOLBOX MURDERS)
EUA - 2003
Dir.: Tobe Hooper


Nell e Steven (ela professora, ele médico) se mudam para um novo apartamento, localizado em um prédio histórico, que na verdade é um pardieiro em obras.
Ela logo se sente incomodada com a cor da água, elevador que funciona mal, etc, além da vizinhança. Enquanto isso, um misterioso mascarado começa a exterminar os moradores com diversas ferramentas: serra elétrica, pregos, martelo, etc...
Nell dá falta de uma moradora, e alertada por um velhinho começa a investigar, até se dar conta que o prédio tem estranhos símbolos e não possui os apartamentos com final 4: 104, 204, etc. Ela então descobre que o construtor estaria envolvido com magia negra, e que tais símbolos teriam relação com isso.
Óbvio que ela vai dar de cara com o assassino.
Tobe Hooper dirigiu os clássicos "Massacre da Serra Elétrica", "Pague Para Entrar, Reze Para Sair" e "Poltergeist", e depois andou dirigindo muita porcaria.
Esse é refilmagem de um explotation clássico de 1978, de mesmo nome, e até fica acima da média do que Hooper vinha fazendo
O assassino aqui ganha ares de sobrenatural, tem visual meio "Pague Para Entrar...", alguns assassinatos lembram outros de outros filmes, mas tem bom ritmo, música interessante, bom cenário e nada de adolescentes atrás de sexo e nem nudez gratuita.
Boa pedida.