domingo, 28 de junho de 2020

BULBBUL


(BULBBUL)
Índia - 2020
Dir.: Anvita Duti


Drama e horror e fantasia indianos muito bem feito e amarradinho, além de ter o tamanho padrão dos filmes ocidentais (os filmes indianos costumam ser loooongos) e não ter cena de música/cantoria, outra praga dos filmes de lá.
A trama envolve a lenda de uma bruxa, que seria a responsável pela matança de homens no local, uma área rural do país, começando em 1881 e dando um salto de 20 anos.
Bulbull é a mocinha que tem sua história contatada paralelamente a contagem de corpos, e garante a parte dramática da trama, além de mostrar qual era o papel da mulher na sociedade indiana, e que não deve ter mudado muito.
A produção é luxuosa, tanto em termos de cenários, quanto de figurinos e a direção de arte como um todo. Bola dentro do primeiro filme da diretora.
Uma ótima pedida.

domingo, 21 de junho de 2020

A PORTA

(DIE TÜR)
Alemanha - 2009
Dir.: Anno Saul


Curiosa produção alemã protagonizada pelo multifuncional Mads Mikkelsen, que é dinamarquês mas atua em filme de sua terra natal, França, EUA, Alemanha, etc.
Mads é David, que perde a filha porque se distraiu com a vizinha e é abandonado pela mulher, passando a viver em depressão profunda.
Até o dia que ele descobre uma porta misteriosa em seu jardim que o leva para um mundo paralelo, aonde a filha está viva e ele vive com a mulher.
Ele mata seu "eu" alternativo e retoma a vida que seria a dele, caso a fatalidade não tivesse acontecido.
Mas ele não é o único viajante do tempo, e alguns estão dispostos a manter o portal em segredo porque lucram financeiramente com o negócio.

domingo, 14 de junho de 2020

THE OTHER LAMB

(THE OTHER LAMB)
EUA / Irlanda / Bélgica - 2019
Dir.: Malgorzata Szumowska



Estranhíssimo filme sobre mulheres presas em culto e dominadas por um pastor, que as divide entre esposas e filhas, o que inclui o uso de roupas vinho por umas e azuis por outras, o que colabora para a estética do filme.
No início eles estão morando e criando ovelhas em um ponto isolado em uma floresta, mas são expulsos pela polícia - fica subentendido que o arranjo não é bem aceito pela sociedade.
Selah, uma das filhas, e que nasceu lá, começa a perceber que aquilo não é o paraíso apregoado pelo pastor, e é alertada que as coisas só piorarão depois que ela menstruar.
É meio arrastado, mas esteticamente bonito e instigante em sua proposta, que termina com uma mensagem de libertação feminina.

domingo, 7 de junho de 2020

BLUE MY MIND

(BLUE MY MIND)
Suíça - 2017
Dir.: Lisa Brühlmann


Filme sobre aquela fase em que a pessoa deixa de ser adolescente, mas ainda não é adulta.
É isso o que acontece com Mia, só que a transformação que acontece com ela é bem diferente da que acontece com outras adolescentes, pois envolve uma transformação física radical.
É curioso, porque se os homens viram bestas, Mia vai virar um ser mitológico fofo, que visa simbolizar que cada pessoa é única, e uns mais que outros, vão sofrer em sua transformação.
Mia foge da padronização da idade, assim como aquele outro que se transforma em barata, mas numa idade mais tardia, e agora tem que encontrar seu lugar no mundo.
É curioso e vale a vista.