domingo, 24 de fevereiro de 2013

LOCURA

(YEON-GA-SI)
Dir.: Jeong-woo Park
Coréia do Sul - 2012


Mistura de drama, horror e thriller policial.
Corpos em péssimo estado - praticamente pele e osso, sendo que algumas vítimas morreram 2 dias antes - começam a aparecer no rio que corta Seul. As investigações indicam que antes da morte as vítimas apresentavam fome e sede excessivas.
As investigações apresentam como causa um verme, que usa os seres humanos como hospedeiros e ao atingirem idade adulta precisam voltar para à água, o que causa a morte de seu portador.
Roteiro e direção são espertíssimos: o ritmo é muito rápido, com o mistério dos corpos sendo sucedido pela descoberta da doença, o desespero da população, a possibilidade de cura e a ganância da indústria farmacêutica. Um tipo de denúncia que lembra muito "O Hospedeiro", outro bom filme coreano, que como nos filmes do gênero, coloca um cidadão comum no olho do furacão tentando salvar mulher e filhos.
Em alguns momentos, parece que se assiste um filme de zumbis, com os infectados desesperados em busca de água.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A VISÃO DO TERROR

(TERRORVISION)
EUA - 1986
Dir.: Ted Nicolaou


Et´s dão descarga em sua privada espacial, e um monstrengo tosco é captado pela parabólica de uma família idiota, em algum subúrbio dos EUA.
Clássico trash que a Band passou a exaustão em seu Cine de mesmo nome.
Tem tudo aquilo que se espera: atuações canhestras, efeitos toscos, diálogos idiotas.
Imperdível para os fãs do gênero.
Nicolaou é diretor da tetralogia "Subspecies", e a bem da verdade, nunca dirigiu nada de muito relevante para o cinema.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

BAD BRAINS

(BAD BRAINS)
Itália - 2006 (Vídeo)
Dir.: Ivan Zuccon


Casal tortura e mata mulheres tentando encontrar alguma coisa dentro dos corpos que eles nem sabem o que seria. Afirmando ter seguido a trilha de corpos, um homem misterioso encontra os 2 e afirma que suas mão sangram sempre que eles matam, e que toda vez que ele se fere a parte masculina do casal também se fere.
Mais um belo exemplar da porcaria que virou o cinema de terror italiano. Não tem uma história, diálogos razoáveis, clima ou, pelo menos, efeitos de gore que justificassem isso aqui. Merece com louvor a nota baixa do IMDB.
O diretor é o mesmo do um pouco menos ruim "Colour From The Dark".

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

PRIMAVERA AZUL

(AOI HARU)
Japão - 2001
Dir.: Toshiaki Toyoda


Gangues adolescentes disputam o controle de uma escola japonesa para meninos, e a liderança do grupo é conquistada através de uma arriscada demonstração de coragem.
Esqueça a escola japonesa idealizada no mundo ocidental: aqui professores são ignorados; uma das alternativas é entrar para a Yakuza; e a violência sem sentido, apenas com o objetivo de se impor, é a tônica do dia a dia dos adolescentes.
O filme é baseado em um mangá famoso. Destaque também a boa trilha roqueira.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

ALÉM DO ARCO-ÍRIS NEGRO

(BEYOND THE BLACK RAINBOW)
Canadá - 2010
Dir.: Panos Cosmatos


Filme incompreensível, sobre uma mulher que é mantida prisioneira por um cientista em um laboratório, por motivos desconhecidos. Aliás, o motivo nunca é revelado. Esse laboratório seria um projeto que visava fazer com que o homem alcançasse a paz de espírito e a felicidade plena, consequentemente, mas isso depois também é embaralhado, confundindo o entendimento.
Aparentemente ela possui poderes paranormais; depois descobrimos que o cientista esconde um segredo bizarro, que coloca em dúvida sua origem e, depois de uma sequência inexplicável, sua sanidade.
O filme tem jeitão artesanal, com visível preocupação com fotografia, cenografia (se passa na década de 80), uso de cores, texturas e filtros, etc. Ou seja, um trabalho personalíssimo, que se assiste com interesse, embora a história pudesse ser mais explicada, o que faz com que o filme se torne hermético, ficando qualquer tipo de entendimento a cargo do expectador.
Altamente recomendado para que busca algo novo, diferente, para se discutir depois com os amigos sobre a percepção que cada um tem do que assistiu, já que é difícil enquadrar o filme em um gênero.
O filme, assim como a direção e toda a parte técnica, é parente direto de obras de Tarkovsky, David Lynch, Stanley Kubrick, Takeshi Miike, etc.
O diretor é filho de George Cosmatos, que dirigiu filmes como "Stallone: Cobra" e "Rambo II"

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

VERTIGEM

(VERTIGE)
França - 2009
Dir.: Abel Ferry


Cinco amigos decidem passar um fim de semana fazendo trilha, rapel e escalada em uma região montanhosa isolada nos balcãs e vão se deparar com o assassino de plantão da vez.
O começo é ótimo e faz jus ao título, com ótimas tomadas de esporte radical em paredões e pontes suspensas.
Depois muda para a luta pela sobrevivência e o tradicional jogo de gato e rato; a descoberta do cafofo do psicopata; e, finalmente, a necessidade de confrontá-lo para poder escapar.
Bem ao gosto do cinema francês, com direito a sangue pra todo lado e um ritmo ágil, sem muita enrolação.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A NOITE DO CHUPACABRAS

(A NOITE DO CHUPACABRAS)
Brasil - 2011
Dir.: Rodrigo Aragão


Douglas está levando a namorada grávida para conhecer a família que mora em um sítio, e encontra o pai desolado pois os animais da fazenda estão sendo mortos por algo que ele acredita ser o diabo; já os filhos acham que as mortes são responsabilidade da família vizinha, com quem eles disputaram terras no passado, com direito a troca de tiros até, e agora vivem uma trégua.
Quando o pai é morto pelo chupacabra, as duas famílias voltam a guerra e, enquanto alguns são mortos por tiros ou facadas, outros caem nas garras do monstrinho.
Tem mais defeitos do que acertos: é muito longo; as cenas noturnas são feitas visivelmente de dia e os personagens carregam lampiões sem necessidade alguma; o chupacabra parece a reciclagem de alguma roupa de borracha usada em produções da década de 80; tem um personagem (Luís da Machadinha) até interessante que surge no meio da trama, mas totalmente deslocado; o filme é histérico: Peter Baiestorf chega a irritar com a gritaria e os palavreados de seu personagem; e a música que é até legalzinha, se repete a exaustão.
Mas o pior de tudo é a cena do vômito: é visível que há uma mangueira ao lado da boca dos personagens e o vômito sai em jatos, de uma maneira que ninguém vomita, nem Linda Blair em "O Exorcista". É constrangedor: o que deveria ser nojento se torna risível e patético.
Aragão dessa vez carregou menos no gore e tenta contar uma história com mais elementos, como a disputa de terras e o passado dos personagens, mas fez um filme de razoável pra fraco, inferior a seu "Mangue Negro".