sábado, 26 de dezembro de 2020

BARDA


(BARDA)

Turquia - 2007

Dir.: Serdar Akar

Grupo de amigos que se reúne com frequência em um bar é surpreendido por um bando de homens, que vão lhes torturar, estuprar e até matar sem motivo aparente.

Podia ser descrito como um filme sobre a banalidade do mal: não há motivos para a maldade que se vê em cena, apenas o próprio prazer de ser mau.

O problema é a realização um tanto precária: o bar é nitidamente um cenário, quase teatral, com jeito de improvisado. As atuações são meio toscas, meio histéricas, mas isso se entende pela simplicidade da produção.

Além disso, a violência é praticamente toda em off, mas isso não é problema, pode até ser solução, quando se consegue passar pro espectador o que ele não viu. Nesse caso, a violência é muito insinuada, nada vista e nada sentida. Um exemplo: uma moça é mutilada com uma gilete, mas, quando a coitada é vista, só se vê o sangue e fica a impressão de que alguém jogou tinta vermelha na atriz e rasgou suas roupas.

No mais, fica a impressão que nas mãos de um diretor mais calejado e de uma produção mais eficiente, poderia render um filme bem mais incômodo.

sábado, 19 de dezembro de 2020

ANYTHING FOR JACKSON


(ANYTHING FOR JACKSON)

Canadá - 2020

Dir.: Justin G. Dyck

Casal de velhinhos satanistas que perdeu o neto (a filha havia morrido antes) decide seguir o ritual de um livro antigo pra trazer o garoto de volta a vida.

Eles sequestram uma grávida, que será usada para receber a reencarnação do morto no feto que carrega. Só que eles vão invocar mais do que esperavam.

É menos ruim do que parece, principalmente pelas ideias que apresenta. A casa dos velhos se torna uma espécie de farol do mal, que vai contaminando quem dela se aproxima: o sujeito que limpa a neve da calçada e a policial que investiga o desaparecimento da grávida, além de atrair fantasmas (um deles é uma criação bem interessante, meio chupada do terror oriental).

Longe de ser bom, fica a sensação de que faltou um pouquinho pra merecer algum destaque.

domingo, 13 de dezembro de 2020

HIS HOUSE

(HIS HOUSE)

Inglaterra - 2020

Dir.: Remi Weekes

Casal de refugiados sudaneses recebe abrigo na Inglaterra. O abrigo abrange uma pequena ajuda de custo e uma casa, meio capenga, mas melhor que a dos funcionários do Serviço Social, segundo comentários desses.

O casal perdeu a filha durante a fuga de barco e ao chegar na casa, o lugar parece ser o lar de alguma entidade que os acompanhou na fuga da África.

À medida que o horror aumenta, e a sanidade do protagonista passa ser posta em dúvida, começam as revelações do passado da dupla e de como eles chegaram ali.

Mas um da safra recente do pós-terror + terror étnico.

É uma boa pedida, pois mistura o misticismo africano ao drama de quem deixou suas vidas para trás por causa da violência política.