MÓRBIDO SILÊNCIO

(STRANGELAND)
EUA - 1998
Dir.: John Pieplow

Homem obcecado por tatuagem, piercings e quaisquer outras formas de alteração do corpo, sequestra pessoas para sessões de tortura, incluindo a filha de um detetive da polícia, que sai na cola do cara e consegue prendê-lo.

Julgado louco, ele é libertado depois de um tempo na cadeia, e os moradores e alguns parentes das vítimas decidem se vingar, liderados por Robert "Freddy Krueger" Englund.

A idéia não é ruim, só peca por ser um tanto tímido nas cenas de tortura/violência que o filme pediria, e nos monólogos que o assassino faz sobre morte, violência, tortura, entre outro temas, que são patéticos e mal redigidos.

REGISTROS SECRETOS DE SERRA MADRUGADA

(REGISTROS SECRETOS DE SERRA MADRUGADA)

Brasil - 2013

Dir.: Homero Meyer

Grupo de jovens decide fazer um documentário sobre o assassinato de 2 crianças no terreno de uma fábrica desativada, depois que boatos indicariam que o crime teria sido cometido pro um certo "Homem Esguio" ou "Slender Man".

Eles vão até a tal fábrica filmar e, na volta, um deles acredita ter visto alguém na mata que margeia a estrada. O grupo para, não encontra nada, e só então descobre que a chave do carro desapareceu.

Como já está escuro, eles decidem voltar para a fábrica para procurar ajuda e então terror começa, com uma misteriosa figura sobrenatural matando um a um.

Found footage tupiniquim com 3 méritos: a boa qualidade técnica, o cenário e a duração, 42 minutos.

É inegavelmente superior à "Matadouro", e foi financiado por um site de download de softwares e uma livraria.

Não tem nenhuma novidade, incluindo aí o velho papo de que as filmagens foram encontradas pela polícia e seus participantes se encontram desaparecidos.

Mas vale a pena ficar de olho nos produtores, que demonstram habilidade na direção e produção, embora haja um certo exagero no palavreado e figura do Homem Esguio não seja muito explorada, talvez por falta de recursos.

MEDO DO ESCURO

(FEAR OF THE DARK)
Canadá - 2003
Dir.: K. C. Bascombe

Ryan, de 12 anos sofre de um medo patológico do escuro, o que faz com que sua família instale inúmeras lâmpadas, além de sistemas anti-apagão e espalhe lanternas pela casa. O que eles não sabem é que o garoto foi atacado por alguma coisa no porão da casa, e essa mesma coisa, que ele afirma ser "a escuridão" ainda continua em sua cola, buscando sua morte, pois parece se alimentar de seu medo.

Quando os pais saem para jantar, e ele e o irmão mais velho ficam sozinhos em casa, Ryan vai ter que enfrentar seu maior medo: um blecaute que deixa a casa às escuras.

Terror meio corriqueiro, com trama muito parecida com o clássico dos anos 80, "The Gate", aonde 3 adolescentes enfrentavam um capeta saído de um buraco no fundo do quintal (em ambos os filmes um brinquedo infantil é usado no combate as forças do mal).

DYING BREED

(DYING BREED)
Austrália - 2008
Dir.: Jody Dwyer

2 casais viajam para a Tasmânia com um objetivo: a irmã de uma das moças teria fotografado pegadas que indicariam a existência do Tigre da Tâsmania, um animal considerado extinto, e depois teria misteriosamente morrido afogada.

Eles se embrenham na mata depois de arrumar confusão com alguns caipiras locais - nesses filmes tem sempre um idiota responsável pela confusão - e na primeira noite no meio do mato são atacados por alguém, que rapta uma das moças e a mata. Na busca por outro integrante do grupo que desapareceu eles acabam topando com descendentes do lendário Alexandre Pearce.

O Tigre da Tâsmania é um dos símbolos da ilha que lhe deu nome e Pearce o outro: prisioneiro dos  ingleses, ele era obrigado a realizar trabalhos forçados, e junto de outros 7 conseguiu fugir, sendo que todos morreram e só ele sobreviveu, afirmando ter praticado canibalismo ("A Terra de Van Diemen" conta a história desses fugitivos).

Aí foi só juntar tudo num filme mediano, botar algum gore e resistir a tentação de chamá-lo de "Massacre da Serra Elétrica", ou "Quadrilha de Sádicos", ou "Wrong Turn", ou "Wolf Creek", ou qualquer outro filme de psicopata solitário ou acompanhado de família degenerada. A fórmula é a de sempre, só varia conforme as idiossincrasias/lendas locais. Fosse aqui no Brasil, teríamos uma família de descendentes de alemães de maus bofes nos pampas do sul, ou nordestinos torturando suas vítimas com cactus no sertão, ou goianos escutando duplas sertanejas e enfiando pequi goela abaixo de seus prisioneiros, ou turistas fugindo de pantaneiros enlouquecidos em meio aos jacarés do pantanal.

Só falta explicar como alguém vai atrás de um animal dado como extinto com uma câmera de mão e um mapa desatualizado comprado na beira da estrada.

Outra curiosidade, é o fato de o cinema de horror australiano sempre girar praticamente em torno de 2 assuntos: psicopatas e animais.