sábado, 23 de março de 2013

HIPNOS

(HIPNOS)
Espanha - 2004
Dir.: David Carreras


Jovem psicóloga chega à uma instituição psiquiátrica, de arquitetura modernosa, voltada para pacientes complicados e que precisam de internação.
Ela presencia uma sessão de um médico com uma menina, que logo depois se suicida, aparentemente estimulada pelo médico. Além disso, um outro interno lhe diz ser um policial investigando as várias mortes acontecidas na clínica, e dá provas de que pode estar falando a verdade.
Logo se instala a confusão na cabeça da moça, e os médicos do lugar começam a suspeitar de suas condições psicológicas.
Lembra um pouco (talvez até um pouco demais...), a trama do posterior "A Ilha do Medo", de Scorcese.
Enfim, um suspense meio raso, que só revela sua surpresa no fim. Antes disso a coisa se arrasta, enganando o espectador e quase o levando ao tédio.
Aliás, parece que o recente cinema espanhol padronizou sua fotografia, e filmes recentes de suspense como "Os Olhos de Julia", "Habitante Incerto", "Hierro", esse aqui e outros parecem todos saídos de uma mesma linha de produção.

domingo, 17 de março de 2013

NGOK TOI

(NGOK TOI)
Hong Kong - 2010

Dir.: Dennis Law


Trama envolvendo fantasmas vingativos e magia negra.
A história é meio confusa; tem uma menina (cabelos pretos cobrindo o rosto deformado - no fim se explica o porquê) e outro menino, cuja história é até interessante, pois mostra a crença de como escravizar um espírito para satisfazer as necessidades de uma espécie de bruxo.
O problema é que a trama começa e depois retrocede para explicar o que o espectador está assistindo, e só depois isso é percebido, pois não há aquelas tradicionais legendas explicando, ou mudanças de fotografia, outro recurso habitual nesses casos. No final as pontas são amarradas e é tudo esclarecido. Só tem que ter certa paciência para chegar lá.
Talvez alguns se incomodem com as cenas de manipulação de um feto.

quarta-feira, 13 de março de 2013

TERRA DE VAN DIEMEN

(VAN DIEMEN'S LAND)
Austrália - 2009
Dir.: Jonathan auf der Heide


Van Diemen era o nome pelo qual era conhecida a ilha de Tasmânia, ao sul da Austrália, e para onde eram mandados, pela Inglaterra, os presos considerados irrecuperáveis ou reincidentes, e aonde eram submetidos a trabalho escravo.
O filme conta a história de Alexander Pearce e seu grupo - oito homens que fugiram durante o trabalho, em 1822, mas por um erro de planejamento foram obrigados a seguir em direção ao interior da ilha, na esperança de chegar aos povoados no outro lado. O problema é que o lugar é coberto por uma floresta densa, mas sem nada que pudesse alimentá-los, além de ser época de chuva, frio e até neve.
Quando os poucos mantimentos que carregam acaba, surge a única alternativa: abater um deles para servir de alimento, e assim é feito.
Logo outros vão sendo abatidos e o grupo segue em frente, sem chegar a lugar nenhum, sendo Pearce o único a sobreviver e ter sua história considerada como fantasiosa - ele foi acusado de inventar tudo para acobertar seus colegas. À propósito, a primeira morte é extremamente incômoda, com a vítima se debatendo em rápido frenesi. A terceira e a quarta também, essa pela brutalidade.
O filme é bom, embora longo, e o mérito do diretor é não focar apenas no canibalismo, mas sim a degradação física e mental dos prisioneiros, e a paranóia que se intala em determinado momento, pois todos sabem que um deles será o próximo a servir de almoço.
Heide concebeu um projeto de um curta, que foi elogiado, e então ele convocou o mesmo elenco para realizar um longa, e fez um filme bem legal, de música estranha e fotografia esmaecida, que parece aumentar a angústia que o filme transmite.

sábado, 9 de março de 2013

BENÇÃO MORTAL

(DEADLY BLESSING)
EUA - 1981
Dir.: Wes Craven


Jim e Martha vivem na fazenda que ele ganhou do pai, com quem rompeu depois de abandonar a religião que este lidera: Isaiah, o pai, é Hitita (uma espécie de Amish) e seu povo não aprova contato com os de fora da religião além de não usar nada que tenha tecnologia moderna.
Uma noite Jim é assassinado, e depois outro membro da comunidade religiosa, William (o feioso Michael Berryman, de "Quadrilha de Sádicos" e "Mulher Nota Mil") também é morto, e Isaiah atribui as mortes à um Incubus (um ser meio homem, meio demônio).
Suspense que Craven leva bem e surpreende pela revelação do assassino; por um segredo que este esconde e ainda guarda uma surpresa no fim.
Sharon Stone participa de seu primeiro filme com papel de maior destaque, e mostra que nunca foi boa atriz mesmo...

sábado, 2 de março de 2013

LOVELY MOLLY

(LOVELY MOLLY)
EUA - 2011
Dir.: Eduardo Sánchez


Molly e o marido se casam e mudam para a casa aonde ela passou infância e adolescência, e depois de um tempo fatos estranhos começam a acontecer: sons, disparos de alarme e a sensação de que alguma coisa habita a casa, o que Molly acredita ser seu pai, pois apenas ela percebe tais fatos. Além disso, fica claro que o pai abusara dela quando vivo e isso teve como consequência o vício nas drogas, aparentemente superado.
Eduardo Sánchez é aquele que co-dirigiu "A Bruxa De Blair" e aqui faz mais um filme barato aonde demonstra que ainda não conseguiu se desgrudar da câmera de mão, que surge em alguns momentos.
É lento, longo, e tenta se valer do clima de pesadelo que a personagem vive. Dá um sono...