domingo, 30 de outubro de 2011

O CAÇADOR DE PESADELOS

(AKUMU TANTEI)
Japão - 2006
Dir.: Shinya Tsukamoto


Depois de 2 suicídios estranhos, aonde os suicidas se mataram durante o sono (num dos casos com violenta mutilação) a polícia de Tóquio descobre que as vítimas ligaram para um mesmo número de celular e que seus celulares registram um pedido de socorro na voz das próprias vítimas.
Desconfiados de que alguém estaria induzindo pessoas ao suicídio, a polícia designa os detetives Keiko e Wakamya para que procurem Kagenuma, que teria a bizarra capacidade de invadir os sonhos alheios para que esse tente invadir o sonho de Wakamya, que se passará por suicida, na tentativa de descobrir o que está por trás da onda de suicídios.
Tsukamoto recicla algumas idéias de outros filmes japas, empresta uma idéia para o posterior "A Origem" e faz um "A Hora do Pesadelo" para adultos, com direito a um personagem perturbado que descobre que é bom se alimentar da dor alheia.
Sangrento, meio bizarro, mas bem interessante - tanto que até ganhou uma continuação.

sábado, 29 de outubro de 2011

FIM DA LINHA

(END OF THE LINE)
Canadá - 2007
Dir.: Maurice Devereaux


Grupo de pessoas está viajando em um metrô quase deserto, de madrugada, quando alguns passageiros recebem uma mensagem em seus bip's e imediatamente começam a massacrar os demais com adágas escondidas dentro de crucifixos. Começa então uma corrida dos sobreviventes para escapar dos assassinos, na verdade fanáticos religiosos seguidores de uma seita apocalíptica que querem livrar a humanidade de demônios que estariam por chegar.
Terror barato, original, criativo e eficiente que tem alguma semelhança com o também recente "O Sinal". Tem alguns sustos fáceis, além daquelas sequências típicas como o grupo que fica preso em algum lugar e se divide na dúvida do que fazer. Mas isso não compromete em nada a história. Tem também alguma coisa do japonês "Clube do Suicídio".
Sangue, mortes violentas, correria, efeitos e edição legais, principalmente na sequência que mostra fatos acontecendo paralelamente. Ah sim, e de certa forma ainda faz uma crítica ao fanatismo religioso, sem deixar de negar que talvez os fanáticos tivessem razão, basta ver o pôster do filme.

domingo, 23 de outubro de 2011

EPIDEMIA DE ZUMBIS

(THE PLAGUE OF THE ZOMBIES)
Inglaterra - 1966
Dir.: John Gilling


Produção da época que a Hammer já estava meio assim...
É anterior ao clássico de George Romero "A Noite dos Mortos Vivos (Night Of The Living Dead)", então não tem influência do mesmo. Talvez por isso ninguém fique preso em algum lugar enquanto os zumbis tentam entrar, fato que virou lugar comum em todos os filmes de mortos-vivos daí pra frente.
E nem chega a ser uma epidemia, são meia dúzia de zumbis com a cara pintada de cinza (os de Romero eram pintados de verde e azul).
Tivesse Terence Fisher na direção e a dupla Christopher Lee e Peter Cushing nos papéis principais, e seria um pequeno clássico da produtora.
A história: moradores de uma pequena cidade na Cornualha são assombrados por estranha doença, cuja investigação não é permitida pelo nobre que domina o povoado. Desesperado, o médico do lugar apela para seu professor, que rapidamente conclui: alguém adquiriu um manual ensinando "Como Criar Seu Próprio Zumbi" e está praticando na população local (que por sinal nem percebe que alguém rouba cadáveres a luz do dia...)
Os zumbis daqui tem origem diferente dos filmes posteriores, lembrando mais o pequeno clássico da década de 80 "A Maldição dos Mortos Vivos (The Serpent And The Rainbow)" de Wes Craven. Isso fica claro logo na abertura do filme, não é spoiler, e a função, digamos, social dos zumbis aqui é diferente.
O público de hoje acharia o filme chato, pois não tem zumbis correndo pra lá e pra cá alucidamente, e nem cenas de gore que se tornaram tradicionais. Mas é um bom exemplar de um tipo de cinema que se valia mais de idéias do que de cenas de sangue e tripas.

PERKINS'14

(PERKINS'14)
EUA - 2009
Dir.: Craig Singer


Xerife de uma cidade pequena prende um homem casualmente e começa a suspeitar que ele possa ser o responsável pelo desaparecimento de seu filho, dez anos antes, além de outras 13 crianças nesse período.
Ele convence um colega a invadir a casa do suspeito, o que acaba confirmando suas suspeitas, além de libertar um grupo de jovens que se tornaram violentos assassinos.
Terror esquisito, barato, que só vale como passatempo.

sábado, 22 de outubro de 2011

INFERNO

(CEHENNEM 3D)
Turquia - 2010
Dir.: Biray Dalkiran


Terror turco, que é o primeiro em 3D rodado naquelas terras.
O filme é mais sóbrio que o habitual no cinema de terror turco, e abre mão de demônios e lendas locais para focar em uma história de fantasmas vingativos, visivelmente inspirada no terror oriental.
Casal, ele fotógrafo e ela sua assistente, realizam uma sessão de fotos em uma fábrica de velas abandonada depois de sofrer alguns incêndios.
Só que no local foi cometido um assassinato covarde de uma criança, e a alma dessa decidiu não sossegar enquanto não se vingar. Original né? Pois é.
Surpreendente mesmo é uma cena de sexo com direito a nudez parcial, em um país que, talvez por ignorância, imaginemos ser extremamente conservador.

domingo, 16 de outubro de 2011

PRESA

(PROIE)
França - 2010
Dir.: Antoine Blossier


Quando um bando de veados se choca contra a cerca elétrica que cerca suas plantações de milho, um grupo de homens decide caçar o javali que acreditam foi o responsável pelo terror impostos aos parentes de Bambi, que em fuga desesperada acabaram morrendo eletrocutados.
O filme não deixa muito claro, mas além de fazendeiros e caçadores eles também produzem agrotóxicos, e foram esses que levaram os javalis a ficarem estressadinhos e a fazerem um estrago entre o grupo de machos caçadores que acabam virando caça, como é de se esperar.
É convencional; não apresenta nada de novo ao gênero "homem vs natureza"; mas é boa diversão para aquelas tardes ou noites sem nada para se fazer.

sábado, 15 de outubro de 2011

O FEITIÇO

(BÜYÜ)
Turquia - 2004
Dir.: Orhan Oguz


Arqueólogo escala grupo de mocinhas bonitinhas e de pouca roupa para participarem de uma escavação em uma aldeia antiga, com fama de amaldiçoada por uma bruxa no passado.
Enquanto isso, a inimiga de uma das mocinhas procura uma feiticeira para fazer mandinga pra desafeta, e aí se segue um tosco banho de sangue na tal aldeia.
Horror horrível, com direito a sangue esquisito, péssima produção (em uma cena falta luz, mas a iluminação da produção faz com que nem pareça que isso aconteceu) e moças seminuas que parecem saídas de um filme americano da década de 80.
Em outra cena tosca, os integrantes da equipe de arqueologia conversam com um velho, mas fica visível que ele foi dublado, e a câmera se limita a filmar qualquer coisa, menos a boca do cara pra não entregar o truque.
De bom só a utilização de ruínas verdadeiras na produção, que até que são razoavelmente exploradas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PRESOS NO GELO III

(FRITT VILT III)
Noruega - 2010
Dir.: Mikkel Brænne Sandemose


Prequel do filme de 2006, que já virou uma franquia - na net já se fala na parte 4.
O filme começa explorando a infância do assassino da neve, uma criança espancada pelo pai com a omissão da mãe, e que acaba se voltando contra eles.
Depois de matar pai e mãe ele se esconde com a ajuda de um vizinho, e passa a estripar os visitantes das montanhas aonde vive.
No primeiro filme o assassino se limitava a matar, pura e simplesmente. Aqui ele ganha ares de Leatherface, com direito a sequência Jason no final.
A impressão que se tem é a mesma dos filmes do gênero: pega-se um "assassino" que fez sucesso em um filme, e se explora seu nome ou imagem em sequências que nada acrescentam ao original.
Esse aqui poderia ter qualquer outro nome, já que nem gelo aparece em cena - a estação do ano deve ser fim de verão ou primavera, pois só no finzinho aparecem alguns flocos de neve.
Não acrescenta nada ao gênero slasher e nem à franquia; e é apenas um filme correto com muito pouco gore. Vale pelas belíssimas imagens das montanhas norueguesas.

domingo, 9 de outubro de 2011

O BANDO

(LA MEUTE)
França - 2010
Dir.: Franck Richard


Charlott está dirigindo sozinha pelo interior da França, sem destino, quando se sente ameaçada por um grupo de motoqueiros. Ela decide dar carona para Max, e quando param em uma espelunca de beira de estrada são molestados pela mesma gangue motoqueiros, que acabam expulsos do local.
Max desaparece e Charlotte resolve visitar o lugar a noite para tentar descobrir o paradeiro de seu carona e vai descobrir que a dona do local é uma dedicada mãe de família que rapta seus fregueses para alimentar seus filhos, uma mistura de zumbis com seres já vistos em "Abismo Do Medo" e que vivem embaixo da terra.
A premissa é interessante, mas o desenvolvimento é muito ruim. Não há carga dramática alguma; tem umas cenas sem sentido sobre alimentação forçada dos raptados; sem falar na gangue de motoqueiros trancada numa cabana para se defenderem de uma velhinha gorducha armada que beira o patético.
Ah sim, e ainda tem um motoqueiro fazendo tricô enquanto o couro come em volta dele...
Muito ruim mesmo. Não vale nem como trash movie.

sábado, 8 de outubro de 2011

BABA YAGA

(BABA YAGA)
Itália - 1973
Dir.: Corrado Farina


Valentina, fotógrafa, casualmente conhece uma mulher misteriosa, Baba Yaga, que lhe presenteia com uma estranha boneca (vestida de roupa-fetiche de couro) e então uma séria de mortes começa a ocorrer em volta de Valentina, que desconfia da boneca.
Alto teor homoerótico feminino, mulheres bonitas, nudez e uma cena de sadomasoquismo.
Filme estranho, que usa o nome de uma bruxa tirada de lendas do leste europeu, e é uma adaptação de uma HQ italiana, envolvendo a personagem Valentina, de Guido Crepax.

domingo, 2 de outubro de 2011

THE MAN FROM THE EARTH

(THE MAN FROM THE EARTH)
EUA - 2008
Dir.: Richard Schenkman


Professor que está se despedindo da Universidade aonde dá aulas resolve revelar seu segredo: é um homem pré-histórico e tem 14.000 anos de idade.
Frente a seus atônitos e incrédulos colegas - arqueólogos, psicólogos, etc - ele dá detalhes da história da Humanidade; revela fatos de sua vida pessoal; como se manteve em segredo esse tempo todo até revelar que foi uma figura importante em determinado período da História.
Curiosa e intrigante mistura de drama e ficção que faz o espectador duvidar da sanidade do personagem até o final revelador.
Assim como o personagem principal prende a atenção de seus amigos ouvintes, o filme faz o mesmo com quem o assiste, sem se valer de qualquer efeito especial ou maneirismos de câmera ou narrativa.
A produção é barata, só tem um cenário e prende a atenção pela bem amarrada narrativa.
É pouco conhecido, e merece com louvor a nota 8 do IMDB.

D@BBE

(DABBE)
Turquia - 2006
Dir.: Hasan Karacadag


Quando o amigo Taryk se tranca em casa sem dar notícias, Hade decide procurá-lo, e este se mata de maneira violenta em sua frente.
Parecia um simples suicídio, mas algumas imagens gravadas na câmera que Hade emprestara para o morto e uma foto anexada a um mail, enviado por Taryk após sua morte, levam a polícia e seus amigos a suspeitarem que sua morte está ligada a uma onda de suicídios que tem varrido o planeta.
Refilmagem do clássico japonês "Kairo" (que foi refilmado como "Pulse" nos EUA) para o público turco.
O tom é bem mais over que o do original e do que o americano.
Se nas outras versões não havia uma ligação explícita à uma religião, aqui a produção se rende a tradições muçulmanas e inclui uma espécie de demônio que tem por objetivo eliminar a raça humana da face da Terra.
Prefira o japonês.

sábado, 1 de outubro de 2011

IZO

(IZO)
Japão - 2004
Dir.: Takashi Miike


Izo é um guerreiro que foi crucificado na época do Japão medieval. Inconformado, ele passa a eternidade vagando entre diferentes eras matando todos que cruzam seu caminho, como forma de se vingar da humanidade.
Não escapam monges, Yakuza, realeza, soldados, membros do governo e nem crianças.
Mais uma estranheza de Miike, que em meio a matanças tem momentos filosóficos. Talvez seja um dos filmes mais bizarros do diretor e que tem aqueles elementos que ele curte, como a máfia japonesa e a figura materna, assim como em Gozu.
Tem uma espécie de trovador que canta durante o filme todo, mas infelizmente a legenda achada na net não traduz essas canções, o que por um lado frusta por não saber se as músicas explicam o que se vê, e por outro só aumenta a sensação de estar se assistindo a um filme muito doidão.