terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ROBINSON CRUSOÉ EM MARTE

(ROBINSON CRUSOE ON MARS) 
EUA - 1964
Dir.: Byron Haskin


Dois astronautas na órbita de Marte são obrigados a uma aterrissagem forçada no planeta vermelho, e um deles morre, restando ao outro apenas a companhia de uma macaquinha, Mona.
O cara vai se virando como pode para sobreviver: descobre que algumas pedras emitem oxigênio quando queimadas e graças a Mona descobre água e um tipo de vegetal do qual pode se alimentar.
Até que um belo dia descobre um esqueleto, que ele deduz ter sido de alguém que foi assassinado, e mais tarde vai descobrir que Marte é visitado por uma raça alienígena que explora os minerais do planeta usando trabalho escravo.
Um desses escravos foge e recebe guarita de nosso herói, que supoe que o cara seja surdo e mudo, mas depois descobrimos ser mais inteligente que o astronauta, pois esse não aprende a língua do alienígena, enquanto o ET consegue aprender inglês, como é praxe nos filmes do gênero.
Caçados pelos ET's escravagistas, os 3 (lembrem-se da macaca) tem que sobreviver na superfície de Marte.
Divertido filme tipo Sessão da Tarde, que é aquele tipo de Sci-fi descerebrada que não se faz mais atualmente.

RENASCIDO DAS TREVAS

(BLOOD CREEK)
EUA - 2009
Dir.: Joel Schumacher


Família de alemães vivendo em uma fazenda nos EUA antes da 2ª Guerra recebe a visita de um suposto estudioso de lendas nórdicas, mas não sabe que na verdade o cara é um enviado do governo alemão, que acredita que através do ocultismo os nazistas podem dominar o mundo.
Mais de 70 anos depois, o tal estranho é mantido prisioneiro da família, com quem mantém uma relação simbiótica, mas os destinos de todos começa a mudar quando Victor Marshall (Dominic Purcell, de "Prision Break") escapa e convence o irmão Evan (Henry Cavill, da série "The Tudors" e futuro Superman) a invadir a fazenda para dar cabo do misterioso ser.
Schumacher nunca foi diretor de primeira - dirigiu duas bombas, digo, filmes, de Batman da franquia iniciada por Tim Burton - e seu maior brilho deve ter sido mesmo "Por Um Fio".
Esse aqui parece mesmo fim de carreira: a história envolvendo nazismo e ocultismo seria o único dado interessante na história, mas não tem importância nenhuma no enredo. O que sobra são idéias batidas, algumas coisas que parecem ter sido vistas em filmes sem muita importância - às vezes parece os últimos filmes de Tobe Hooper, como "Toolbox Murders" e "Mortuária", inclusive no visual do vilão, que ninguém explica porque ficou deformado (deve ser para mostrar destreza na maquiagem, mos o efeito é pífio e ainda tem uma cena tosca de CGI).
Um troço totalmente, mas totalmente mesmo, sem razão de ser.

domingo, 16 de janeiro de 2011

A MALDIÇÃO DE LEMORA

(LEMORA: A CHILD'S TALE OF THE SUPERNATURAL)
EUA - 1973
Dir.: Richard Blackburn


Adolescente que teve a mãe assassinada pelo pai, um gângster violento, recebe uma carta dele pedindo que ela o visite.
Ela sai escondida para encontrar o pai, mas descobre que caiu em uma armadilha e se vê cercada de seres estranhos, deformados e violentos, que vivem em guerra com uma vampira, em uma cidade abandonada.
No meio disso, Lila Lee, a adolescente, é objeto do desejo do pastor que a usa como atrativo em seus sermões.
Terror que fala de vampirismo mas não explica o que é a doença que infecta os seres deformados que cercam a tal Lemora, uma espécie de rainha dos vampiros que a cercam. A idéia não é ruim, mas falta dramaticidade à coisa.

A GAROTA DO FIM DA RUA

(THE LITTLE GIRL WHO LIVES DOWN THE LANE)
EUA - 1976
Dir.: Nicolas Gessner


Rynn (Jodie Foster, com 14 anos), vive sozinha em uma pequena cidade depois que o pai morreu e tem que esconder esse fato de vizinhos abelhudos e da polícia, além de se defender do filho da arrogante e enxerida dona da casa, um pedófilo interpretado por Martin Sheen.
Ótima atuação de Foster, que interpreta uma adolescente capaz de qualquer coisa para manter seu segredo e se manter em segurança, mas não demonstra remorso ou prazer em seus atos. A trama, um tanto amoral, é meio improvável, mas é levada com competência pela direção e atuação da atriz principal.

TAXIDERMIA

(TAXIDERMIA)
Hungria / Áustria / França - 2006
Dir.: György Pálfi


Bizarrice.
Três gerações de uma família húngara, representadas em diferentes fases da história da Hungria.
Na primeira, Morosgoványi é um soldado prisioneiro, tratado de forma cruel e humilhante por um tenente. O prisioneiro tem fixação sexual na gordíssima mulher e nas filhas de seu captor, e passa o tempo se masturbando. Em seus sonhos, ele se imagina transando com a mulher do tenente, mas o que se vê são os restos de um porco que fora retalhado pouco antes.
Aqui o maior foco é no sexo, e esta parte termina com o nascimento do filho do militar, que tem um... rabo de porco, que é cortado a sangue frio pelo pai.
O menino do rabo cresce, se torna um jovem gordo que pratica um bizarro esporte: a comida esportiva, aonde o objetivo é comer o máximo em curto espaço de tempo, e provavelmente é uma referência aos tempos de racionamento imposto pelo comunismo. Aqui o foco muda obviamente para a comida, e impressionam as nojentas cenas de vômito, pois faz parte do esporte "devolver" o que foi comido. Balatony, o esportista, é apaixonado por Gizi, praticante feminina da modalidade, e da união nasce Lajoska, protagonista da parte final, que seria mais centrada na morte.
Lajoska é magérrimo, taxidermista, e sustenta o pai, um obeso mórbido gigantesco que foi abandonado pela mulher, vive do passado e passa o tempo sentado tomado conta de 3 enormes gatos que participam de competições de comida destinadas à animais.
Aqui fica claro que o Balatony gordo é uma representação do antigo estado comunista (pesado, ineficiente, inútil) que depende do trabalho alheio para se manter. Ele come a comida inclusive com as embalagens, pois "o organismo encontra um destino para tudo".
Sua morte é bizarra e o destino de seu corpo é tão insólito quanto o destino de seu filho, a quem despreza.
Não dá pra descrever muito essa mistura de humor negro e terror, com cenas de gore e escatologia. Foi muito elogiada em festivais e tem na sua trilha sonora o DJ Amon Tobin, que nasceu no Rio de Janeiro.
Altamente recomendado.

A GERAÇÃO PROTEUS

(DEMON SEED)
EUA - 1977
Dir.: Donald Cammel


Cientista cria um supercomputador chamado Proteus, que é capaz de pensar e dar respostas a quaisquer questionamentos que lhe são feitos.
Proteus tem um córtex que simula o do ser humano, e com isso o computador começa a desenvolver vontade própria e a questionar decisões humanas. Ele então decide estudar o ser humano, e por isso faz prisioneira, em sua própria casa, a mulher (Julie Christie) do cientista que o criou, que é controlada por um computador que deve ser primo do Hal de "2001". Seu objetivo: gerar uma criança que concentre seu conhecimento, pois ele sabe que mais cedo ou mais tarde será desligado.
Ficção que tem alguns elementos de "2001" e do posterior "O Exterminador do Futuro", com a diferença de que aqui a máquina domina apenas uma casa, mas é capaz de criar equipamentos para fazer valer sua vontade.
É interessante, mas ficou datado.

JOGO MACABRO

(OPEN GRAVES)
EUA / Espanha - 2009
Dir.: Álvaro de Armiñán


Mais um filme de maldição.
Surfista (Mike Vogel, de "Cloverfield, "O Prisioneiro Da Morte" e "Massacre Da Serra Elétrica") ganha um jogo misterioso, chamado Mamba, de um desconhecido. O tal jogo foi feito com a pele de uma bruxa espanhola, queimada na inquisição por ordem do próprio Torquemada.
Aos perdedores o jogo reserva uma morte cruel, ao vencedor a realização de um desejo, e ao espectador muito tédio.
Um pouquinho de gore e uns efeitos de CGI meio chinfrins embalam uma historinha claudicante, sem nenhuma novidade e nada, mas nada mesmo digno de registro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ODISSÉIA PARA ALÉM DO SOL

(JOURNEY TO THE FAR SIDE OF THE SUN) 
Inglaterra - 1969
Dir.: Robert Parrish


Cientistas descobrem um novo planeta no nosso sistema solar, mas o interessante é que o novo corpo celeste ocupa a mesma órbita que a Terra, e por estar em posição diametralmente oposta a nossa não era conhecido, pois estava sempre oculto pelo Sol.
A agência Espacial Européia decide então lançar uma nave com destino ao tal planeta, mas a expedição termina mal, com uma desastrosa aterrissagem em solo extraterrestre.
Mas aí começa a surpresa: a nave não teria chegado a seu destino, e depois de 3 semanas de viagem, quando seriam 6, se esborrachou na Terra, com um astronauta ferido e outro em coma.
O sobrevivente então percebe que tudo está ao contrário, como se refletido em um espelho, e conclui que o outro planeta seria isso: um espelho da Terra, ou um Doppelgänger - uma cópia de algo.
Produção inglesa que perde metade do tempo com negociações entre as nações para lançamento da nave, treinamentos e muita exibição de maquetes.
Quando parece que vai engrenar se torna confusa e fica a impressão de uma idéia mal acabada que não se sustenta.
A curiosidade fica por conta de cenários e visual datados, característicos da década de 60 e, principalmente, nas roupas e cabelos do elenco feminino, que parecem um mergulho em um clipe da banda The B52's.
De resto, salvam-se as maquetes.

domingo, 9 de janeiro de 2011

LAKE MUNGO

(LAKE MUNGO)
Austrália - 2008
Dir.: Joel Anderson


Família perde a filha afogada em um lago que dá nome ao filme. Eles então começam a ouvir sons, ver vultos e desconfiar que há algo em sua casa. Então entram em contato com um paranormal, além de espalhar câmeras pela casa que filmam o que acreditam ser o fantasma da filha morta.
Inicia-se então uma investigação que traz a tona fatos e facetas da menina desconhecidos de seus familiares.
Mockumentary (espécie de documentário falso) australiano que parece com aqueles documentários que o Discovery e canais semelhantes apresentam, com seus personagens dando depoimentos diretamente para a câmera, além do uso de imagens filmadas com câmeras caseiras e celulares.
É interessante, mas parece longo demais.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A MALDIÇÃO DA CAVEIRA

(THE SKULL)
Inglaterra - 1965
Dir.: Freddie Francis



Terror da Amicus, a concorrente inglesa da Hammer.
Maitland (Peter Cushing) é um colecionador de antiguidades e estudioso de magia negra e bruxaria que recebe uma proposta tentadora: comprar o crânio do famigerado Marquês de Sade. Ele é alertado por um amigo, interpretado por Christopher Lee, de que a peça é autêntica e adorada por seres invisíveis que praticam sacrifícios rituais.
Logo ele passa a desenvolver uma obsessão pelo objeto, e se dispõe a fazer qualquer coisa para mantê-lo entre suas posses.
Filme legalzinho valorizado pela boa interpretação de Cushing.

sábado, 1 de janeiro de 2011

MONSTROS

(MONSTERS)
Inglaterra - 2010
Dir.: Gareth Edwards


Depois que a NASA descobre vida extraterrestre, uma sonda é enviada ao espaço para colher amostras mas, ao retornar à Terra, a sonda cai no México, e espalha milhares de ET's no país. A saída encontrada pelos americanos é construir um muro e isolar a área infectada e, consequentemente, os mexicanos também.
No meio dessa confusão, e protestos dos mexicanos contra os bombardeiros que matam mais inocentes que os ET's, resta ao jornalista Kaulder escoltar a filha de seu patrão, Samantha até os EUA, primeiro de balsa, depois de carro, e finalmente a pé.
No fim, fica a impressão que os humanos são piores do que os ET's, naquela linha de "quem combate monstros, acaba se tornando um deles".
Um filme interessante, mais focado no drama, assim como "Distrito 9", do que na ficção científica, aonde os bons e discretos efeitos ficam a cargo da história, e não ao contrário, mas parece que ficou faltando alguma coisa, talvez alguma emoção, talvez mais ação, mas vale pela boa intenção.
A propósito, os ET's parecem polvos gigantes, e lembram aqueles de "Guerra dos Mundos".