quarta-feira, 30 de junho de 2010

UMA CHAMADA PERDIDA 2

(CHAKUSHIN ARI 2)
Japão - 2005
Dir.: Renpei Tsukamoto


Continuação do bom filme de 2003.
Novas mortes misteriosas começam a acontecer da mesma forma que no filme anterior. Um investigador de polícia e uma repórter começam a investigar, suspeitando que Mimiko ainda faz suas vítimas. Eles descobrem que dessa vez as vítimas carregam no estômago não uma bala, mas sim restos de carvão, que exames comprovam vir de uma mina desativada em Taiwan, e então a repórter e mais uma das vítimas, além de um amigo da primeira, já que também em Taiwan estariam ocorrendo mortes semelhantes, viajam até a tal mina para descobrir o que está por trás do mistério dessa vez.
É bem produzidinho, tem alguns ecos de "Gin Gwai" e "Ringu", mas fica parecendo um reaproveitamento do roteiro do filme anterior.
Também é um tanto longo demais e confuso no final.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

GAKKÔ NO KAIDAN G

(GAKKÔ NO KAIDAN G)
Japão - 1998 (TV)
Dir.: Takashi Shimizu


Dois curtas de Shimizu - 444 444 4444 e Katasumi que foram rodados antes de Ju-On, e mostram Toshio no primeiro e Kayako no segundo. Os dois filmes tem menos de 4 minutos, fazem parte de um programa de TV e foram uma espécie de prévia do que viria por aí.
Só vale pela curiosidade.

O RANCOR: A IDOSA DE BRANCO

(JU-ON: SHIROI ROJO)
Japão - 2009 (TV)
Dir.: Ryûta Miyake


Mais do mesmo do anterior (Shiroi Shoujo).
Aqui os fantasmas são os de uma criança e de uma velha (que usa uma inacreditável máscara que parece comprada no camelódromo).
Mais um que não acrescenta nada a série. Pelo menos é curto: 60 minutinhos apenas. Passa rápido e não dói nada.
Ah sim, assim como no anterior Toshio dá as caras por aqui, em rápida aparição.

sábado, 26 de junho de 2010

PULSE 3

(PULSE 3: INVASION)
EUA - 2008
Dir.: Joel Soisson


Continuação do filme anterior, mostra o destino de Justine, a garotinha que sobreviveu ao fantasma da mãe relapsa e que agora, 7 anos depois, vive em uma espécie de campo de refugiados da tecnologia, com a família que a adotou.
Qualquer tipo de tecnologia é renegada e o lugar parece um favelão. Ela encontra um laptop, que funciona depois de tanto tempo jogado por aí... e mais, ela até sabe mexer na coisa e rapidamente consegue contato com outro internauta, que a convence a viajar até Houston, para encontrá-lo.
No caminho ela fica sabendo que com a comida escassa, algumas pessoas optaram pelo canibalismo. Uma cena até lembra o posterior "A Estrada", sendo que isso não rende nenhum tipo de tensão dentro da trama, pois a moça segue incólume por estradas vazias, como quem vai ao shopping.
Ela chega à uma fazenda aonde um coroa mantém sozinho uma imensa produção de algodão(!!) ao invés de plantar comida, que pode ser escassa mas o cara ainda assim dá alguma coisa pra moça levar, que a gente não sabe aonde ela carrega, visto sua mochila ser bem pequena, assim como sua minissaia.
Ela chega na cidade e descobre que o mesmo Ziegler tem um plano pra derrotar os fantasmas.
Produção tão indigente que nem conseguiram um patrocinador para o laptop e os celulares que funcionam depois de muito tempo de inatividade, esse troço é a terceira parte (e espera-se última) da trilogia, cujo primeiro filme era até razoável.
Aliás, era uma obra prima perto dessa coisa e da anterior.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O RANCOR: A GAROTA DE PRETO

(JU-ON: KUROI SHÔJO)
Japão - 2009 (TV)
Dir.: Mari Asato


Mais um terror japonês sobre almas de pessoas mortas de forma violenta, que continuam entre os vivos levando esses desta para melhor.
Esse segue o mesmo roteiro dos anteriores com as mortes se sucedendo como uma maldição até a explicação sobre a origem do rancor do morto que originou tudo.
Faz dobradinha com outro filme, "Shiroi Rôjo", é mais violento e menos climático que os anteriores, mas isso não quer dizer que seja bom e nada acrescenta à série.
Pelo menos é curto, 1 hora de filme, mas se não existisse nem faria falta.

domingo, 20 de junho de 2010

GRITOS QUE ATERRORIZAM

(...AND NOW THE SCREAMING STARTS!)
Inglaterra - 1973
Dir.: Roy Ward Baker


Catherine se casa com Charles e se muda para a casa dele, uma daquelas típicas mansões de filme de terror. Logo ela começa a ter visões de uma mão sem o corpo e o corpo a qual a mão pertencia com os olhos furados.
As visões continuam, e ela ganha a soliedariedade dos empregados, que tentam ajudá-la mas são sistematicamente mortos de forma misteriosa.
Quando engravida, ela começa a suspeitar que o filho pode ser vítima do que parece uma maldição ancestral que ronda o lugar, mas mesmo assim o marido deseja que ela tenha a criança na casa, em respeito a uma tradição familiar de 300 anos.
Acreditando que a mulher está desequilibrada emocionalmente, ele chama um psicólogo (Peter Cushing) que começa a investigar e descobre o que está assombrando Catherine.
Terror da Amicus, a concorrente da Hammer, é apenas razoável e ainda tem um final a la "O Bebê de Rosemary".

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PULSE 2

(PULSE 2: AFTERLIFE)
EUA - 2008
Dir.: Joel Soisson


Continuação do filme de 2006, aonde os vivos que restaram tentam sobreviver em um mundo dominado por seres de outra dimensão.
É anunciado assim, mas na verdade gira em torno de uma mulher que tenta encontrar a filha, cuja guarda perdeu para o pai.
Filminho fuleiro aonde o terror do anterior foi substituído pelo drama de uma mãe relapsa (e morta) em busca da filha.
Não tem nem os efeitos, nem a fotografia, e nem os sustos do primeiro. Quem fez isso aqui não deve nem ter visto o filme anterior (o japa nem se fala...) e ainda traz de volta o tal do Ziegler, que estava visivelmente louco no outro filme, e que aqui até se arrisca fora de seu apartamento, em cenas que servem apenas pra encher linguiça e completar o tempo do filme, pois não levam a lugar algum.
Desligue o micro, o celular, e vá dormir, que é uma forma melhor de aproveitar o tempo...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

PULSE

(PULSE)
EUA - 2006
Dir.: Jim sonzero


Refilmagem do terror japonês "Kairo" (2001).
Mattie percebe que o namorado Josh (Jonathan Tucker, de "As Ruínas") anda sumido e ao procurá-lo este se mata, enforcado. Numa noite, na frente do computador teclando com outros amigos, ela recebe um pedido de socorro de Josh via chat e decide recuperar o micro dele, acreditando que possa ser algum tipo de vírus que está mandando as mensagens, e também saber com o que ele estava envolvido.
Quem vai até o apartamento atrás do micro é outro amigo, Stone, que depois de ver algum tipo de fantasma também se afasta dos amigos, se trancando em sua casa.
Decidida a recuperar o micro, ela descobre que este foi parar nas mãos de Dexter (Ian Somerhalder, de "Lost") e juntos eles descobrem que Josh estava envolvido com um misterioso vírus de computador, além de um bizarro site, "você quer ver um fantasma?", aonde pessoas se matam em frente as câmeras.
Daí pra frente as visões se tornam mais frequentes para todos, uma onda de suicídios começa a se espalhar e outras pessoas simplesmente desaparecem, sem qualquer vestígio.
A explicação: net sem fio, celulares e outras maravilhas da tecnologia, mais o tal vírus criaram um canal entre o nosso mundo e outro, habitado por seres que se alimentam de nossa vontade de viver.
O filme original deixava claro serem almas que assombravam os vivos, e aqui são seres que se assemelham a monstros (um deles sai de dentro de uma máquina de lavar roupa...), além da questão sobre a solidão ser praticamente deixada de lado.
Produzido por Wes Craven, que dispensa apresentações, é uma diluição do filme nipônico para agradar e assustar adolescentes ocidentais.
É um bom filme de sustos, tem bons efeitos, e bom ritmo, além da fotografia sombria. O fim não é tão apocalíptico quanto o original, e Drad Dourif faz seu enésimo primeiro personagem doidão.

domingo, 13 de junho de 2010

RASEN

(RINGU SPIRAL)
Japão - 1998
Dir.: Jôji Lida


Essa aqui é a continuação de "Ringu" que foi rejeitada pelos produtores, e é um verdadeiro samba do crioulo doido.
O filme começa com a autópsia de Ryuji Takayama, por um amigo seu, Ando, que assim como Ryuji estudou matemática antes da medicina. Aqui tem um erro: o cadáver não apresenta a expressão de horror com que morriam as vítimas de Sadako, mas apresenta uma ótima cena, aonde o corpo eviscerado se levanta e conversa com Ando.
Durante a autópsia, Ando localiza um pedaço de papel no estômago do morto com alguns números, que ele deduz ser alguma mensagem de Ryuji para ele, pois como tinha o dom de prever o futuro, Ryuji já esperava por este "encontro", além de ambos se desafiarem com enigmas matemáticos.
Entram em cena então Mai, assistente de Ryuji e que tem os mesmos poderes deste, que se envolve com Ando, atormentado pela morte do filho mas incapaz de se matar; e Yoshino, repórter que trabalhava com Reiko (que nem dá as caras por aqui, assim como o filho).
Yoshino tem o diário de Reiko e misteriosamente se contamina sem ver o vídeo. Sua autópsia e mais a de Ryuji revelam a presença de um vírus causador de um tumor na garganta, além de um vírus desconhecido. Sabendo do vídeo, Ando encontra uma forma de se matar e livrar o mundo da maldição.
Mas Sadako é esperta, e entra em cena bem safada e sem esconder a cara com seus longos cabelos, como no filme anterior, e seduz Ando e Ryuji.
A partir daí a coisa fica mais doida, com Sadako conseguindo voltar a vida através de Mai, Ryuji assumindo ares de vilão, e Ando indo pro poço e tendo a possibilidade de ter o filho de volta.
Tirando o fato da maldição que parece perseguir quem entra em contato com a fita, esse nada tem a ver com a continuação oficial. Sadako aqui se transforma em uma espécie de vírus, que se espalha através dos olhos... e seu objetivo é espalhar pela humanidade o medo que sentiu presa no poço. Também muda o foco do terror pra algo de fundo mais científico.
É, é uma doidera mas é curioso e não merecia ter sido banido, até por ser, segundo os conhecedores da mitologia Ringu, fiel ao livro que deu origem a série.
Vale a vista.

sábado, 12 de junho de 2010

A ILHA DO TERROR

(ISLAND OF TERROR)
Inglaterra - 1966
Dir.: Terence Fisher


Moradores de uma ilha isolada na costa da Irlanda se surpreendem com o aparecimento de um corpo sem vestígios de ossos.
Sem saber o que fazer, o médico do local entra em contato com um amigo do continente, Dr. Brian Stanley (Peter Cushing), que sem nunca ter ouvido falar de alguma doença que pudesse causar tal sintoma procura um amigo, e os 2 mais a namorada deste rumam para a ilha para investigar o fato.
O lugar era o refúgio de um brilhante cientista envolvido em pesquisas de combate ao câncer, e logo fica claro ser o responsável por algum experimento que fugiu de controle.
Ótimo filme sobre cientistas e suas bem intencionadas criações que se voltam contra a humanidade.
Tem bom ritmo, efeitos simples mas eficientes, e é curto, ou seja, não perde tempo com enrolação, indo direto à ação. E Cushing dá credibilidade a coisa com sua habitual seriedade.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O RETORNO DOS MORTOS VIVOS

(EL ATAQUE DE LOS MUERTOS SIN OJOS)
Espanha - 1973
Dir.: Amando de Ossorio


Segunda da parte da tetralogia com os cavaleiros templários mortos-vivos.
Começa com a morte dos cavaleiros e o motivo de sua cegueira (andando a cavalo eles nem parecem cegos...) e depois pula pro tempo atual (a década de 70, claro), aonde uma pequena cidade medieval prepara um festival em comemoração a derrota dos tais cavaleiros.
Se no anterior os mortos se levantavam do nada, aqui eles o fazem graças a um sacrifício humano realizado pelo debilóide da cidade.
O ataque se dá na noite da festa, quando turistas e moradores se encontram na praça da cidadezinha, e ficam encuralados pelos zumbis.
Essa é a única sequência realmente, digamos, agitada do filme que perde muito tempo enchendo linguiça com a disputa de 3 homens por uma moça que nem é isso tudo.
É mais tosco que o primeiro, e tem a cena clássica do gênero, com o elenco preso em algum lugar tentando evitar a invasão dos mortos vilões, outra sequência que não termina nunca. Tosquíssima mesmo é a cena aonde os zumbis são combatidos com bombas e fica visível que foram usados manequins (devem ser da loja do primeiro filme...).
E ainda tem um final muito do sem graça.
É bem inferior ao primeiro.

A NOITE DO TERROR CEGO

(LA NOCHE DEL TERROR CIEGO)
Espanha / Portugal - 1971
Dir.: Amando de Ossorio


Em Lisboa Virgínia reencontra Beth, sua ex de tempos de escola, e as duas, e mais Roger, atual rolo de Beth resolvem viajar de trem para acampar. Só que o interesse de Beth por Roger causa um desentendimento entre elas, e Virgínia simplesmente pula do trem e passa a noite entre as ruínas de uma abadia em Berzano. Durante a noite ela é atacada pelos mortos vivos.
Intrigados, Beth e Roger decidem investigar o que aconteceu, principalmente depois de saberem das lendas que rondam o local: cavaleiros medievais que foram ao Egito e se envolveram com rituais que lhes dariam vida eterna foram enterrados no local.
Primeiro de uma série de 4 filmes sobre o mesmo tema dirigidos por Ossorio, decano do cinema de terror espanhol, não se pode dizer que tenha muita influência de "A Noite dos Mortos Vivos", visto ter idéias próprias, como a origem dos zumbis. Claro que alguém fica preso em algum lugar, mas também deve ser a primeira vez que se vê mortos vivos andando a cavalo, embora não se explique de onde esses apareceram.
Ritmo lento, cenas de sexo softcore, nudez feminina, um pouco de gore meio tosco e alguma violência num filme de produção obviamente não muito rica, que foge do trash e é um tanto longo.
O motivo de ser "terror cego" no título em espanhol é explicado no filme seguinte.
Tem bom clima, bom uso de cenários reais e ótima caracterização dos mortos vivos, com suas vestes carcomidas pelo tempo.
Os três filmes seguintes não tem muita relação entre si, e um deles até se passa em um navio fantasma, outra inovação de Ossorio.

JUNK

(JUNK: SHIRYÔ-GARI)
Japão - 2000
Dir.: Atsushi Muroga


Terror japa sobre zumbis, algo incomum no cinema de lá.
Equipe do exército americano faz experiências com reanimação de cadáveres, mas algo sai do controle e os mortos vivos tomam conta da fábrica desativada aonde a experiência era realizada secretamente.
Sem alternativa, o exército americano apela para o cientista japonês que abandonou o projeto, e decidem mandar o lugar pelos ares. Só que algo dá errado, e eles precisam entrar na fábrica para acionar o mecanismo de destruição manualmente.
Paralelamente a isso, quatro ladrões que acabaram de assaltar uma joalheria marcam na mesma fábrica, que pensavam desativada, com a yakuza para vender o produto do roubo.
Óbvio que logo ladrões e mafiosos estarão às voltas com zumbis, até a chegada do exército.
Agitadíssima produção com visível influência dos filmes de George Romero: zumbis lentos, inclusive com alguns mortos-vivos com a cara pintada de azul ou cinza. A maquiagem lembra muito a usada no fim dos anos 70
Não faz feio frente as produções ocidentais, mas também não apresenta muita coisa de novidade.
De diferente tem um zumbi com QI acima da média, que sabe-se lá por que fica com os cabelos prateados de repente. Coisas do cinema japonês...
Ah sim, tem muito gore, e uma cena em que uma zumbi morre que é muito parecida com a morte da personagem de Daryl Hannah em "Blade Runner".

terça-feira, 8 de junho de 2010

TERRA RASA

(SHALLOW GROUND)
EUA - 2004
Dir.: Sheldon Wilson


Um garoto nu e coberto de sangue dos pés a cabeça chega a um posto policial em uma reserva de caça, no último dia de trabalho dos 3 policiais que montam guarda lá.
Ele se mantém mudo o tempo inteiro, e um exame preliminar no sangue que lhe cobre o corpo mostra que este pertence a pelo menos 3 pessoas diferentes.
Logo fica claro que ele não é deste mundo, quando exames nas digitais indicam que cada dedo tem uma digital de uma pessoa diferente, e mais ainda: a sobreposição de partes dos rostos dos desaparecidos se assemelham ao rosto do garoto.
Os desaparecidos são todos vítimas de um serial killer que a polícia ainda não localizou, e também a causa do déscrito do xerife local.
Assim como a polícia, o misterioso ensanguentado também está atrás do assassino que ataca na região.
Terror de cunho sobrenatural, escrito e dirigido por Wilson, com trama estranha e mortos que decidem se vingar daqueles que os mataram.
Aqui não há espíritos vingativos, e sim um ser de carne, osso e muito sangue atrás de vingança.
É curioso, mas é difícil engolir a identidade do assassino, visto se esperar alguém de mais força física e mais jovem.
Tem uma bizarra cena de gore no fim, e também não dá pra entender porque o enviado do além não vai logo atrás do assassino, ao invés de ficar pra lá e cá sujando tudo de sangue.
Mas pelo menos é diferente e não tem adolescentes atrás de sexo e nem piadinhas idiotas.

LEVIATHAN

(LEVIATHAN)
EUA / Itália - 1989
Dir.: George Pan Cosmatos


Empresa explora uma mina de prata a 5000 metros no fundo do mar. Trancados na estação há 87 dias, os mineiros esperam os 3 dias que restam para voltar para casa, quando um acidente os leva a encontrar um navio russo afundado que eles descobrem pela internet que na verdade ainda estaria em atividade na frota russa.
Sabe-se lá por que, eles levam o cofre do navio para bordo da estação e descobrem uma fita de vídeo e uma garrafa de vodka, que um espertinho surrupia e trata de entornar, dividindo com outra parceira.
A tal vodka aparentemente estava contaminada por algum experimento genético, que gera uma transformação nos dois que a tomaram, e depois se espalha entre os demais 6 tripulantes, provocando bizarras alterações físicas.
A partir daí, segue-se o que se espera nesse tipo de filme, com tentativas de fuga por parte dos sobreviventes.
Filme que já foi visto inúmeras vezes com outros nomes, e é claramente (muito claramente mesmo, inclusive nos efeitos) inspirado num certo clássico de John Carpenter, chamado "O Enigma do Outro Mundo". Tem um quê de "Alien" também.
Cosmatos, que apesar do nome é italiano, nunca dirigiu muita coisa que mereça crédito (a menos que alguém ache "Cobra" e "Rambo II" com Stallone cinema de qualidade...), e aqui faz o que se espera de um filme convencional e de boa produção que segue a receita de bolo comum ao gênero.
O elenco é encabeçado pelo Robocop Peter Weller e Richard Crenna, mas também tem Daniel Stern, Hector Elizondo e Ernie Hudson.
A princípio talvez seja associado à "O Segredo do Abismo" de James Cameron, mas apesar de lançado no mesmo ano desse, foi pras telas alguns meses antes.
É totalmente previsível, mas não ofende a inteligência de quem não espera muito e provavelmente será esquecido logo que começarem os créditos finais.

sábado, 5 de junho de 2010

O CHAMADO 0

(RINGU 0: BÂSUDEI)
Japão - 2000
Dir.: Norio Tsuruta


Último filme da série sobre Sadako, a menina que vive no poço e sai das telas das tevês para matar quem assiste a uma famigerada fita de vídeo.
Esse narra a vida de Sadako quando ela tinha uns 20 anos (no primeiro filme parecia se tratar de uma criança, ou adolescente). Ela se muda com o pai, que tem ares de cientista louco, para Tóquio e é uma moça triste, tímida, introvertida e com visões, o que a leva a frequentar um psicólogo e tomar remédios para controlar suas crises.
Sadako estuda teatro, e sofre com a implicância de seus colegas que a consideram esquisita. As coisas pioram quando uma colega morre e ela ganha o papel da colega, o principal.
As suspeitas recaem sobre ela, principalmente quando entra em cena uma repórter (mais uma) que investiga a morte de todos os jornalistas que participaram da fatídica exibição dos poderes de sua mãe.
O roteiro transforma Sadako numa quase vítima (como Hannibal Lecter, em seu último filme), lhe dá até poderes de curar os doentes, guarda uma bizarra surpresa no final e Sadako ainda ganha uma cena com jeitão de "Carrie - A Estranha".
É meio aloprado e nada acrescenta a série.
Vale pela curiosidade e só.

A VINGANÇA DO ESPANTALHO

(DARK NIGHT OF THE SCARECROW)
EUA - 1981 (TV)
Dir.: Frank DeFellita


Deficiente mental é injustamente acusado da morte de uma garotinha. Ele foge, se disfarça de espantalho, mas é descoberto e executado por um grupo de moradores da cidadezinha aonde moram.
Inocentados pela polícia, os assassinos passam a ser perseguidos por um espantalho, e a morrerem de forma brutal.
Produção para a TV, dirigida por DeFelitta, autor do livro "A Entidade", que também gerou um bom filme.
Esse aqui é um slasher de tons sobrenaturais que como foi feito para a TV pega leve no gore, mas é um bom exemplo do terror feito na década de 80.
No elenco, Charles Durning e Larry Drake, um dos vilões de "Darkman".

O CHAMADO 2

(RINGU 2)
Japão - 1999
Dir.: Hideo Nakata


Continuação direta do filme anterior.
O corpo (ou o que restou dele) de Sadako segue para autópsia e os legistas se surpreendem pois ela teria morrido há apenas 2 anos, mas já estaria há 30 no poço.
Takano, a ajudante de Koichi que encontrou seu corpo, intrigada com o que aconteceu com este, começa a investigar até encontrar Reiko, que se escondeu com o filho, além da menina (do começo do filme anterior) que viu uma amiga morrer e agora está num hospício.
No hospício, o diretor, amigo de Koichi, realiza uma experiência que acredita ser capaz de libertá-la e também a Yoichi da influência de Sadako, pois este parece ter adquirido poderes semelhantes aos da demoníaca garota.
Aqui o terror é meio deixado de lado e o filme se centra em um lado mais "científico", digamos.
Nakata se vale de personagens secundários do primeiro filme, como a ajudante de Koichi e um repórter amigo de Reiko, que continua com a investigação sobre a fita, agora bem mais popular, e já com "antídoto" conhecido.
Tem algumas semelhanças com outro clássico do terror japa: "Ju-on", pois o rancor de Sadako é capaz de afetar aqueles que de alguma forma se envolveram com a fita, mas não a assistiram, levando alguns a loucura
Inferior ao primeiro, é curioso, bem acabado tecnicamente, mas fica a sensação de ter sido uma sequência desnecessária.
Como curiosidade, os produtores do filme contrataram uma outra equipe para dirigir uma continuação, "Rasen", mas detestaram, essa foi banida e Nakata contratado para dirigir esta aqui, a oficial.

O CHAMADO

(RINGU)
Japão - 1998
Dir.: Hideo Nakata


Jovens descobrem um vídeo capaz de matar aqueles que o assistirem sete dias após a exibição. A coisa logo se torna uma lenda urbana, e quando uma parente de Reiko morre de uma forma tão bizarra que o caixão é enterrado lacrado, ela descobre que outros 3 amigos da moça que haviam assistido o filme também tiveram o mesmo destino.
Curiosa, até por ser repórter, ela começa a investigar o que houve até conseguir uma cópia que mostra para o ex-marido, Koichi, que é sensitivo, e percebe haver algo realmente errado em torno da fita.
Quando o filho de Reiko, Yoichi, acidentalmente assiste a fita ela se desespera, e junto de Koichi começam uma corrida contra o tempo tentando descobrir a origem da fita e uma forma de acabar com a maldição para salvar suas vidas.
Bom roteiro, produção e uma história original. Nakata fez um filme sombrio que é referência no terror moderno, sem nunca mostrar o rosto de sua vilã, apenas os cabelos negros que o cobrem.
A refilmagem by EUA inventa cavalos suicidas (tá, é uma cena legal...) mas deixa de lado a sensibilidade mediúnica de Koichi, que é parte importante na trama; a verdade sobre a mãe (e principalmente sobre quem seria o pai) de Sadako e a decisão cruel de Reiko para salvar o filho no final. Também não tem aquela cena que força a barra com o desenho de uma árvore por trás do papel de parede e nem grandes efeitos. Aqui os personagens morrem de susto, com uma expressão horrível no rosto.
Também foi deixada de lado a primeira morte causada pela menina, durante a apresentação dos poderes de sua mãe a um grupo de repórteres, já que a mulher também tinha poderes psíquicos, herdados por Sadako.
Teve duas continuações oficiais: "Ringu 2" e "Ringu 0", além de "Rasen" - uma continuação banida pelos produtores, e uma refilmagem na Coréia.
Esqueça a versão americana (e a coreana também) e prefira assistir a este que é um dos filmes mais fascinantes da história recente do cinema de terror.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

TETSUO

(TETSUO)
Japão - 1989
Dir.: Shinya Tsukamoto


Bizarro filme japonês que narra o drama de Tetsuo, um homem que está virando uma criatura de metal, o que inclui um pênis em forma de broca.
Demecial seria o termo mais adequado para um filme extremo de roteiro e imagens inexplicáveis.
Uma loucura total, com ótima trilha sonora e excepcional trabalho de edição e montagem.
O tipo de filme que se vê e não se discute depois, pois é impossível entender o que se vê na tela. É pra viajar mesmo.
Tsukamoto é também diretor de "Haze" e "Vital", e foi protagonista de "Marebito", outra obra prima do cinema japonês de mistério.

SUBSPECIES II

(BLOODSTONE: SUBSPECIES II)
EUA - 1993
Dir.: Ted Nicoloau


Continuação da saga do vampiro Radu, cujas mãos parecem uma mistura de Freddy Krueger e Zé do Caixão, em busca da famigerada Pedra de Sangue que seu irmão levou no fim do primeiro filme.
Redivivido pelas criaturas que o ajudavam no primeiro filme, ele mata o irmão, mas não consegue dar o mesmo fim a namorada deste, Michelle, que foge com a pedra, indo parar em Bucareste, aonde consegue se contactar com a irmã, que vai em seu socorro.
Só que a moça agora também sente sede de sangue, e vai ter que enfrentar Radu e sua mãe (de quem ele puxou a beleza) na tentativa de ficar com a tal pedra.
No mesmo nível do anterior, embora o vampiro Radu pareça um tanto inofensivo para uma famigerada criatura das trevas, mas é boa diversão passageira.