sábado, 7 de novembro de 2020

ANTEBELLUM


(ANTEBELLUM)

Dir.: Gerard Bush / Christopher Renz

EUA - 2020


Talvez dos melhores filmes de terror do ano, esse aqui bebe da fonte de Jordan Peele: a questão social, no caso a racial, usada como fundo de uma estória misteriosa, num momento em que os ânimos andam acirrados devido a um certo protagonismo que o movimento negro finalmente vem tendo (e que ainda é tímido por aqui).

Começa meio confuso, sem se explicar muito, mas depois que se entende a trama, que é sim muito parecida em certos aspectos com a de "Corra!", pois fala de racismo e discriminação, embora aqui numa espécie de contramão das ideias dos brancos daquele filme.

Não dá pra falar muito, pra não se estragar o que se assiste.

Talvez o único porém seja uma certa concessão à violência que é típica do cinema americano, e que Peele parece tratar de outra forma. Aqui a violência parece ter que ser necessária à trama, pois não há outra punição a quem faz o mal que não seja a morte violenta, mesmo que isso lhe iguale a seu agressor; Peele usa como única alternativa de se salvar, e não para atender a necessidade de sangue da humanidade.

Fora isso, não é um filmaço, longe disso, mas é interessante e diferente do que se vê por aí.

domingo, 1 de novembro de 2020

TODOS OS DEUSES NO CÉU


(TOUS LES DIEUX DU CIEL)

França - 2018

Dir.: Quarxx


Bizarro filme francês que usa uma atriz que realmente possui uma deficiência congênita num dos papéis principais, o que vai sempre ser motivo de discussão desde que Tod Browning fez o mesmo em "Freaks", em 1932.

Na trama Simon cuida da irmã deficiente, Estelle, que é praticamente mantida prisioneira em um quarto, o que é motivo de preocupação das autoridades que o monitoram, pois se preocupam com sua sanidade e as condições em que a moça é mantida.

Estelle não nasceu deficiente, mas ficou assim por causa de um acidente (uma cena bem incômoda e assustadora, embora rápida) quando era criança e o irmão acredita que ET's virão para levá-los para outro mundo.

O diretor  de nome engraçadinho realizou um filme esquisito, embora bem resolvido tecnicamente, para falar de loucura (será mesmo?) e redenção.

Não é para todo tipo de gosto, mas é curioso.