terça-feira, 30 de junho de 2009

O ABISMO DO MEDO

(THE DESCENT)
Inglaterra - 2005
Dir.: Neil Marshall


6 amigas decidem explorar algumas cavernas na tentativa de reanimar uma delas, Sarah, que havia perdido marido e filha em um acidente de carro.
De início tudo parece sair como o planejado, até que um desmoronamento fecha a passagem por onde elas entraram, forçando-as a buscar uma saída.
É aí que elas descobrem que as cavernas são habitadas por uma raça de animais que se assemelham a humanos, ou humanos que se assemelham a animais, e esses estão dispostos a usar as moças como alimento.

Um dos melhores filmes de terror da década. As tais criaturas só aparecem lá pela metade do filme, mas a tensão antes disso é mantida pela exploração das cavernas e, principalmente, pelo momento em que u
ma delas fica presa em uma passagem estreita.
A partir daí se inicia um jogo de gato e rato por um labirinto escuro, estreito e desconhecido e que inclui até atravessar abismos escuros penduradas em cordas, além de um mergulho em um poço de sangue.
O fato de o elenco ser apenas feminino é um fator a mais de tensão, pois nenhuma delas tenta bancar a heroína. É violento, bruto, com direito a algumas cenas de gore em meio a luz fraca das lanternas e extremamente tenso. Um filmaço.

domingo, 28 de junho de 2009

A LENDA DO PÂNTANO

(LEGEND OF THE BOG)
Irlanda - 2007
Dir.: Brendan Foley


Seis pessoas que não se conhecem ficam perdidas em um pântano no arredores de Dublin, depois que os carros de cada um deles atola.
Eles ficam então à mercê de um morto vivo que foi ressuscitado graças às águas do pântano e obviamente, afinal isso aqui pretende ser um filme de terror (mas é um horror), sai matando todos eles um a um.
O filme pretende pegar carona nas histórias de múmias encontradas em pântanos europeus (já foi tema de documentário do Discovery Channel) e o tal morto vivo seria isso: um habitante de um tempo remoto que foi morto e teve seu corpo descartado no pântano. Ele volta a vida e resolve se vingar dos desinteressantes e irritantes personagens do filme. Sorte do diretor estar do lado de cá da câmera, pois deveria ser o primeiro a ser massacrado pelo morto vivo do filme. Absolutamente idiota, ainda tenta fazer graça em alguns momentos, mas se for pra alguém rir deve ser de nervoso de tamanha indigência criativa.

O ESPANTALHO

(THE WICKER MAN)
Inglaterra - 1973
Dir.: Robin Hardy


Neil Howie, policial carola a ponto de se manter virgem para o casamento, recebe uma denúncia de que uma menina teria desaparecido e sua família não teria dado queixa. Ele então se dirige a uma ilha na costa da Escócia famosa por sua produção de frutas mesmo em condições não apropriadas, e lá encontra uma comunidade que segue uma religião anterior ao cristianismo e cultua os deuses do campo, do mar, o fogo, etc.
A comunidade vive sob a liderança de Lord Summerisle (Christopher Lee), neto do primeiro fazendeiro a implantar novas técnicas de agricultura e que estimulava os locais a manterem suas tradições, que incluíam até mesmo sexo ao ar livre, o que choca Howie.
Mesmo com a contrariedade dos moradores, que dizem que a menina não desapareceu, Howie continua com suas investigações, agora acreditando que a menina seria sacrificada em um ritual de prosperidade à algum deus pagão, pois a última colheita fracassara; até chegar a um final surpreendente, para ele e os espectadores.
Um dos filmes mais bacanas da década de 70, e talvez da história do cinema. Criou polêmica à época do lançamento e por isso foi para as telas com 15 minutos a menos. Na versão do diretor que circula na net, são visíveis as cenas deletadas pois a cor dessas difere do resto do filme.
Em uma dessas cenas, o personagem de Lee divaga em um monólogo aonde diz que poderia viver como os animais, pois esses não cultuam os antepassados, nem se curvam ante alguém morto há dois mil anos.
São muito bonitas e sensuais as cenas da dança da personagem de Britt Ekland, nua, em seu quarto. Sensual sem descambar para o erotismo bagaceiro.
O filme se baseou em pesquisa histórica, daí a presença quase didática de elementos do paganismo banido com a asceção do cristianismo: rituais em torno do fogo visando a fertilidade; um bizarro tratamento para garganta inflamada que consiste em pôr um pequeno sapo na boca de uma criança; o culto ao pênis como símbolo de força geradora da natureza e por aí vai.
Teve uma horrenda refilmagem com Nicolas Cage, que é totalmente ridícula e despropositada.
Lee declarou que o Lorde Summerisle foi seu melhor papel, e por aí já se pode ver como o filme é digno de registro.

sábado, 27 de junho de 2009

OS RITOS SATÂNICOS DE DRÁCULA

(SATANIC RITES OF DRACULA)
Inglaterra - 1973
Dir.: Alan Gibson 


Órgão secreto do governo inglês investiga a participação de proeminentes figuras da sociedade inglesa em uma seita de culto ao demônio. Durante uma incursão à mansão aonde tais ritos são praticados, os agentes descobrem a existência de um grupo de moças vampirizadas vivendo acorrentadas no porão e então decidem procurar um especialista em ocultismo: Van Helsing (Peter Cushing), que logo conclui que Drácula (Christopher Lee), está por trás da seita. As coisas se complicam quando é descoberto que um dos cientistas participantes está envolvido com pesquisas que visam a criação de uma variação de peste bubônica capaz de dizimar a população do planeta, o que é na verdade objetivo de Drácula.
Segunda tentativa da Hammer de trazer Drácula para a época atual, no caso a década de 70 (a anterior foi “Drácula no Tempo da Minisaia“).
Mistura satanismo, vampirismo e ciência. Não tem relação direta com os filmes anteriores, que se passavam no século XIX, à exceção de uma fala de Van Hensing, quando ele diz que sua família sempre combateu os vampiros. A atmosfera gótica dos filmes da década de 60 faz alguma falta, mas é interessante, ágil e violento, mas sem exagero para os tempos atuais.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

DIVERSÃO MACABRA

(AMUSEMENT)
EUA - 2008
Dir.: John Simpson


O filme começa apresentando 3 histórias, que levam os nomes de suas protagonistas: na primeira, Shelby, uma garota e o namorado voltam de um fim de semana, quando topam com um caminhoneiro, que a princípio levava uma moça presa no caminhão, mas essa pula e todos eles, e mais um homem que seguia em outro carro, acabam envolvidos com um psicopata.
Na seguinte, Tabitha, jovem chega na casa dos tios, e descobre que a babá já foi embora. À noite, sozinha com as crianças, ela se assusta com o estranho palhaço em tamanho natural que enfeita seu quarto.
Na terceira, Lisa vai até uma sinistra mansão com o namorado procurar uma amiga desaparecida e descobre um estranho segredo.
Até aí a coisa segue razoável, só degringola de vez quando mostra a ligação das três amigas e quem e porque está por trás do que está acontecendo.
Absolutamente banal, embora desperdice alguns bons cenários e a idéia do palhaço.
Tem uma hora que parece que alguém viu Hellraiser e Jogos Mortais e não conseguiu se decidir sobre o que queria fazer.

domingo, 21 de junho de 2009

DRÁCULA NO TEMPO DA MINISSAIA

(DRACULA 1972 A.D.)
Inglaterra - 1972
Dir.: Alan Gibson


Em 1872, depois de escapar da Transilvânia, o Conde Drácula (Christopher Lee) é morto por seu eterno inimigo Van Helsing (Peter Cushing) em pleno Hyde Park, e tem suas cinzas recolhidas por algum seguidor. 100 anos depois, um descendente desse seguidor convence um grupo de jovens meio transviados a participar de um ritual de invocação ao demônio, e acaba por trazer o Conde de volta a vida, que mata uma das moças integrantes do grupo.
Logo começam a surgir corpos por Londres, e a polícia recorre a um descendente de Van Helsing, por acreditar que os assassinatos estão relacionados a algum ritual, e também porque a neta do famoso antropólogo fazia parte do grupo que estava com a primeira moça morta. Interessado pela neta do inimigo, Drácula a sequestra e, obviamente, enfrenta o inimigo em mais uma batalha entre os dois.
Foi o primeiro filme da Hammer a trazer Drácula e Helsing para tempos atuais, no caso a década de 70. Até que funciona, dada a habitual boa produção e ritmo. Foi o penúltimo de Cushing e Lee juntos para a Hammer usando os caninos do vampiro (o último foi o posterior "Os Ritos Satânicos de Drácula"). Tem algum sangue, violência e aquele tipo de música característica dos filmes da época. Tem o mesmo diretor de "Ritos...", e usa a mesma mistura de rituais demoníacos como esse, e assim como "Sangue de Drácula", seus seguidores usam suas cinzas e um ritual envolvendo sangue para trazê-lo de volta. Esquisito mesmo é o título nacional...

sábado, 20 de junho de 2009

ALTA TENSÃO

(HAUTE TENSION)França - 2003
Dir.: Alexandre Aja


Alex leva a amiga Marie para passar o fim de semana na fazenda dos pais, sem desconfiar que Marie é secretamente apaixonada por ela. Durante a noite, um homem invade a casa, assassina brutalmente e com requintes de crueldade os pais, o irmão pequeno da moça e até o cachorro da família, e rapta Alex.
Marie, que conseguira se esconder, vai então atrás da amada, na tentativa de salvá-la do louco. A resposta à pergunta porque o homem raptou Alex e assassinou sua família é respondida de forma surpreendente.
O terceiro filme de Aja foi seu passaporte para os EUA, aonde refilmou "Quadrilha de Sádicos". É também um filme violentíssimo, com os todos os closes e sangue a que um assassinato tem direito, bem ao estilo que Aja continuou mostrando nos EUA. As cenas de decapitação e degolamento são brutais e extremamente incômodas, mas é inegável que o final realmente consegue surpreender.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A LENDA DOS 7 VAMPIROS DOURADOS

(THE LEGEND OF THE 7 GOLDEN VAMPIRES)
Inglaterra - 1974
Dir.: Roy Ward Baker


Chinês, monge de um templo budista na China, viaja até a famigerada Transilvânia com uma proposta indecente ao igualmente famigerado Conde Drácula, que vive recluso em um castelo: ajudá-lo a trazer de volta à vida uns tais 7 vampiros de ouro, que existiriam na China, e assim recuperar a influência e o domínio sobre os moradores de seu povoado. Mas o Conde, revoltado (provavelmente por causa do batom vermelho que lhe passaram) diz que não, que ele não aceita exigências e faz pior: se apodera do corpitcho do chinês e foge do castelo, disposto a fazer dos 7 vampiros seu instrumento de vingança contra a humanidade (isso na Transilvânia de 1804).
100 anos depois, na China, o antropólogo Van Helsing (Peter Cushing, coitado) está dando uma palestra sobre vampirismo até ser zoado por descrentes alunos, que dizem que aquele papo de vampiro dourado não existe; que a China não tem isso. Ele volta para casa e é procurado por um chinês, que diz que a tal lenda dos 7 vampiros é verdadeira, que o avô dele matou o sétimo vampiro, e que precisa da ajuda de Van Helsing para dar cabo dos demais.
Então Helsing, seu filho (que arrumara confusão com outro chinês por causa de uma loura), a loura e mais um batalhão de irmãos do chinês (todos experts em alguma arte marcial), partem em busca dos vampiros dispostos a matá-los com golpes de kung fu, karatê, e outras lutas.
A Hammer estava mais pra lá do que pra cá quando fez isso.
Tem uns efeitos horríveis e lutas a todo momento. Lá pelas tantas Drácula convoca um exército de mortos vivos cujas máscaras parecem compradas no México, na época do Dia dos Mortos, ou na Saara, no carnaval. Sem falar na maquiagem dos vampiros, que mais parecem zumbis, mas são exímios nas artes marciais. E Drácula fala em se vingar da humanidade, mas em 100 anos no corpo do chinês se limitou a tal aldeia.
Provavelmente a idéia era aproveitar o que era moda no início da década de 70: artes marciais e zumbis, mas isso foi feito da pior maneira possível, em um filme que não tem um pingo do charme dos filmes passados em sombrios castelos da Europa. É uma aventura tresloucada, que chega a ser constrangedora em determinados momentos.

VIDOQ - O MITO

(VIDOCQ)França - 2001
Dir.: Pitof


Na Paris de 1830, a morte de dois homens influentes de uma estranha forma (por raios) fazem a polícia francesa procurar um famoso detetive que tinha sido expulso dessa mesma polícia: Vidocq (Gérard Depardieu, que dispensa apresentações). Ele segue a pista de um suposto assassino, o Alquimista, aparentemente uma entidade sobrenatural, que seria um homem que venceu a morte, mas que precisa de sangue de virgens para se manter vivo.
O filme começa com a morte de Vidocq pelo Alquimista, e alterna cenas de sua caçada ao assassino e de seu biógrafo Etienne (Guillaume Canet, de "A Praia") que está disposto a descobrir o que de fato aconteceu e quem seria o tal Alquimista.
A direção é do mesmo responsável por aquela coisa chamada "Mulher Gato", com Hale Bale, mas aqui o diretor de nome estranho acerta a mão. O filme é veloz; tem ótima fotografia ao retratar uma Paris imunda às vésperas da Revolução; tem um pé na sordidez ao revelar as loucuras de pessoas dispostas a se manterem belas; e o visual do tal Alquimista é espantoso: o cara usa uma máscara que é um espelho, o que faz com que suas vítimas se vejam refletidas na hora da morte.
Uma mistura de filme policial e suspense com toques sobrenaturais que merecia ser mais conhecido.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A TRIBO

(THE FORGOTTEN ONES)
EUA - 2009
Dir.: Jorg Ihle


Em 1922, em alguma ilha perdida das Antilhas, um grupo de caçadores, cientistas, exploradores ou algo que não fica muito claro, é atacado por alguma coisa que a câmera obviamente não amostra, como é de praxe, afim de manter o suspense.
O filme então pula para a época atual, aonde aquele grupo de jovens desinteressantes de sempre, em geral em número ímpar, sai em uma viagem de barco, que acaba batendo em algumas pedras, em um acidente que nem é exibido, na certa para poupar gastos com efeitos...
Eles sobrevivem, e chegam a uma ilha deserta e desconhecida (será que em pleno século XXI ainda existe alguma nessas coindições em uma região de intenso tráfego marítimo e onde espanhóis, ingleses, franceses e outros navegaram intensamente em séculos passados?).
Não demora muito e eles são mortos pela coisa que matara os figurantes do começo do filme.
É o de sempre: caras bonitinhas; correria; aqueles personagens que logo fica claro que morrerão; aquela velha história de algo mal resolvido entre alguns personagens, mas que é só encheção de linguiça e não tem importância alguma para a história; e por aí vai.
A concepção do bicho é até razoável, mas é visivelmente inspirada no Predador. Inclusive um dos personagens usa até um recursos semelhante ao que Swarzenegger utilizou como camuflagem, no primeiro filme da série.
Não se engane com o pôster que faz referência ao "Abismo do Medo", pois não chega nem perto.
Totalmente dispensável.

domingo, 14 de junho de 2009

O BEIJO DO VAMPIRO

(KISS OF THE VAMPIRE)
Inglaterra - 1964
Dir.: Don Sharp

Casal de jovens em viagem de lua de mel fica sem gasolina em algum lugar do interior da Alemanha. São então levados até um vilarejo aonde se hospedam em uma hospedaria deserta, de um casal de velhos que esconde um segredo envolvendo sua filha, além do único hóspede, um homem misterioso de pouca conversa e que os aconselha a ir embora.
Os dois são então convidados para um jantar em um castelo, e depois para uma festa à fantasia. É aí que a coisa se complica, quando a parte feminina do casal desaparece e passa a ser tratada pelos demais personagens como se não existisse. O único que acredita no seu desaparecimento é o hóspede misterioso, que explicar ser a família do castelo constituída de vampiros, os quais ele tenta dar cabo através de um ritual místico.
Terror da Hammer, que abandona os tradicionais inimigos Drácula e Van Helsing, e apresenta uma família de vampiros: um casal de filhos e o pai (que lembra Christopher Lee) e é o líder de uma espécie de sociedade secreta de vampiros, que até saem a luz do dia desde que este esteja nublado.
No mais é quase o mesmo de sempre: boa produção, vilarejo perdido no meio do nada e gente assustada. Na cena final dá pra ver os fios de nailon que sustentam os morcegos; mas é um terror correto e nada mais.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

ABANDONADA

(THE ABANDONED)
Espanha - 2006
Dir.: Nacho Cerdá


Às vésperas de completar 42 anos, Marie Jones recebe uma ligação da Rússia (sua terra natal, pois foi adotada ainda bebê) falando sobre uma herança deixada por seus pais.
Ela viaja para lá e encontra uma fazenda semi-destruída, localizada em uma ilha numa região isolada.
Depois de ser abandonada pelo motorista do caminhão que a levara até lá, Marie descobre ter um irmão, Nicolai, e juntos ambos tem que descobrir o que, ou quem, são as aparições que surgem na fazenda.
Cerdá é diretor de um dos filmes mais escabrosos já feitos: Aftermath - Cortometrage de Una Autopsia, um filme curto, de 20 minutos, aonde um médico legista abusa sexualmente do cadáver de uma mulher na mesa de autópsia. Além disso, ele também é responsável pelo curioso Awakening, aonde um jovem vivencia uma estranha experiência na sala de aula; e gênesis, sobre um escultor obcecado por uma estátua.
Aqui Cerdá capricha na parte técnica, fotografia e os planos são ótimos, a história é até interessante, mas parece faltar alguma coisa, talvez mais emoção.
Vale pela curiosidade; quem sabe no próximo ele acerta.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MAREBITO - SERES ESTRANHOS

(MAREBITO)
Japão - 2004
Dir.: Takashi Shimizu


Masuoka (Shinya Tsukamoto, diretor de Haze e Vital) é cameraman e tem duas obsessões: sua câmera e o medo - que tenta a todo custo capturar no rosto das pessoas com sua câmera (que carrega para cima e para baixo) e essa parece ser quase uma extensão de seu corpo.
Durante uma filmagem no metrô de Tóquio, ele filma um homem que se suicida de uma forma bizarra, e Masuoka encasqueta que o suicida se matou devido ao medo de ter visto algo nos subterrâneos do metrô.
Ele então entra nos túneis do metrô, acreditando existir uma raça que habita o interior da Terra, e encontra um mundo estranho, de onde traz uma jovem que encontrara acorrentada em uma caverna.
Sem conseguir alimentá-la, ele por acaso descobre que ela se alimenta de sangue, e obviamente, se encarrega de procurar comida para a moça, com quem mal consegue se comunicar.
Aqui nada é o que parece, e lá pelo meio, com um pouco de atenção, dá pra sacar o que está acontecendo. Digamos que é quase um ensaio sobre a obsessão, e sem querer estragar a surpresa, como alguém consegue criar um mundo ao seu redor e nele viver completamente afastado da realidade.
Shimizu é diretor dos 4 Ju-on's; os 2 japas e mais as 2 refilmagens americanas.
Imperdível.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

ZIBAHKHANA - TERRA DO INFERNO

(ZIBAHKHANA)
Paquistão - 2007
Dir.: Omar Ali Khan

Grupo de jovens em viagem pelo Paquistão, mesmo depois de avisados por um daqueles velhinhos que existem em quase todos os filmes de terror, toma um atalho e se perde em uma região assolada por estranhos (e mal maquiados) mutantes causados pela poluição de um rio, até darem de cara com um(a?) psicopata vestido(a?) de burqa(!) que carrega uma maça(!!).
Esse aqui se orgulha de ser o primeiro filme de terror do Paquistão, e é quase um trash movie (existem coisas piores).
A câmera é horrível, deve ser de segunda mão, e o roteiro tem um defeito brabo: parece que foi escrito para dois filmes diferentes, pois se começa parecendo com filme de zumbi, depois vira um filme à "Massacre da Serra Elétrica" e similares com o(a?) assassino(a?) correndo pelo mato com sua burqa ensanguentada esvoaçante e girando a pesada maça.
Curioso também mostrar um Paquistão aonde as moças andam de camiseta e os protagonistas são abordados por um travesti. A gente fica em dúvida se o Paquistão é mesmo assim ou se foi uma tentiva de mostrar um país mais liberal do que o imaginado pelo ocidente.
Imperdível.

domingo, 7 de junho de 2009

VISITOR Q


(BIJITÂ Q)
Japão - 2002
Dir.: Takashi Miike


Os personagens são os seguintes: a filha se prostitui, inclusive com o próprio pai, que só se preocupa com sua ejaculação precoce e em realizar um vídeo sobre violência; o filho é espancado na escola, e em casa faz o mesmo com a mãe, que se preocupa em não ter o rosto atingido, e por isso só usa calças e camisas de mangas compridas; essa mesma mãe é viciada em drogas, e também se prostitui para sustentar o vício.
Meigo né?
O tal "visitor" do título é uma espécie de invasor/observador da bizarra família.
Poucos títulos podem ser considerados tão alternativos quanto esse. E ainda mistura escatologia, crítica social, incesto, necrofilia, etc. Para poucos estômagos.
Além disso, é quase amador: em uma das cenas, quando a mãe muda de roupa, é possível ver o microfone no topo do vídeo.

UMA CHAMADA PERDIDA

(CHAKUSHIN ARI)
Japão - 2003
Dir.: Takashi Miike


Jovens universitários começam a receber uma estranha ligação em seus celulares: uma ligação de seus próprios números, com uma data do futuro e que termina com um grito do próprio dono do telefone. Na hora e data marcadas, o dono do número de telefone morre.
Logo a história se espalha, e não resta outra alternativa a não ser cancelar as linhas de celular.
Um terror interessante, dirigido pelo prolífico Miike, que é inevitável ser comparado a Ju-on e Ringu, pois adivinhem quem está por trás do terror que vem do celular? Ela mesma, a moça do cabelo preto e liso!
Ainda assim, o filme mantém o interesse principalmente pela boa direção de Miike. Teve mais duas continuações, além de uma série de TV e foi refilmado na América.

sábado, 6 de junho de 2009

O CONDE DRÁCULA

(SCARS OF DRACULA)
Inglaterra - 1970
Dir.: Roy Ward Baker


Um dos incontáveis filmes sobre o personagem de Bram Stocker produzidos pela Hammer e estrelados por Christopher Lee.
Rapaz galanteador, fugindo do pai de sua última conquista vai parar no castelo de Drácula, aonde desaparece. Seu irmão e a noiva, que é apaixonada pelo desaparecido, vão à sua procura. Mesmo avisados pelos moradores, que já haviam tentado destruir o vampiro e tiveram suas esposas massacradas, decidem visitar o castelo à procura do rapaz.
O vampiro decide então tomar a moça para si, sendo que seu auxiliar também cai de amores pela dita cuja.
Lee deve ter feito esse a contragosto por força contratual, ou sua desinteressada e apagada atuação é mesmo fruto de péssima direção. Seu Drácula nada tem de sedutor, é monossilábico e não parece nada ameaçador.
A história é fraca, não tem nada de novo e de diferente só tem a forma como dão cabo do vampiro no fim, o que nem é obra dos personagens, totalmente desinteressantes, e parece mais uma fatalidade.
Tem umas cenas de sangue e nudez e umas falhas técnicas do tipo cenas que se passam a noite mas mostram um tremendo céu claro; além de um horrendo morcego cenográfico muito mal feito. Não se perde nada deixando de assistir isso aqui.

SANGUE DE DRÁCULA

(TASTE THE BLOOD OF DRACULA)
Inglaterra - 1970
Dir.: Peter Sasdy


Quarta aparição de Christopher Lee como Drácula nos filmes da Hammer, sendo que no mesmo ano de 70 ele ainda fizera outros 2 como o Conde: um para a Hammer e outro sobre a direção de Jess (ou Jesus) Franco.
Grupo de homens liderados por um nobre bem sucedido faz um culto ao demônio utilizando o sangue de Drácula recolhido por um comerciante de antiguidades. O objetivo é acumular poder e riqueza mas eles acabam trazendo o vampiro de volta a vida e este se volta contra eles.
Tem boa produção, como sempre, mas uma história fraca além de alguma nudez e erotismo.

NAINA

(NAINA)
Índia / Inglaterra - 2005
Dir.: Shripal Morakhia


Moça indiana vivendo na Inglaterra, e cega desde criança, recebe uma doação de córneas, e a partir daí sua vida se torna um inferno graças as visões de fantasmas que ela passa a ter.
Ela então descobre que as córneas vieram da Índia, e decide viajar até em busca de informações sobre a doadora.
Esse aqui é a refilmagem indiana do filme "Jian Gui / Gin Gwai" de Hong Kong, refilmado nos EUA com o título "The Eye".
É a mesma história, porém a versão chinesa era mais sombria e contida.
Aqui, por se passar entre a comunidade indiana na Inglaterra e depois na Índia, tem um tom mais colorido e algo histérico; além da tentativa de humor com uma avó chata e casamenteira.
Depois que a história pula para a terra de Maya e Bahuan, até consegue se tornar um pouco mais atraente devido a mudança de cenário e a utilização do cenário miserável indiano.
No mais, é a mesma história, inclusive com uma cena esquemática que mostra o acidente final, que aqui acontece no metrô.
O filme é até bem cuidado, mas as cenas envolvendo a garotinha com câncer chegam a ser constrangedoras devido a utilização de uma maquiagem horrorosa para simular que a menina é careca. Dá a impressão que colocaram um balão desses de aniversário pintado na cor da pele na cabeça da coitada. Horrível.
O objetivo da refilmagem? Sei lá... deve ser para tentar faturar junto ao imenso público indiano que frequenta cinema e que adora comédias e musicais.