terça-feira, 2 de novembro de 2010

A FORTALEZA INFERNAL

(THE KEEP)
EUA - 1983
Dir.: Michael Mann

Um pelotão do exército alemão chega aos Cárpatos, Romênia, e não, os soldados não enfrentarão Drácula. Eles se abrigam em uma fortaleza medieval, que os locais dizem ser amaldiçoada. O lugar é coberto de estranhas cruzes (em forma de T) em seu interior e o terror começa quando dois soldados resolvem arrancar uma delas e libertam alguma coisa que estava presa lá dentro.
Logo depois sabemos que a coisa já matara vários soldados, pois é tudo muito corrido, e o novo comandante do pelotão resolve convocar o Magneto dos X-Men (Ian McKellen em começo de carreira) para decifrar uma estranha inscrição na fortaleza. Esse, sofrendo de uma doença degenerativa e prisioneiro de um campo de concentração por ser judeu, logo é seduzido pelos encantos do capeta que lhe devolve a saúde e promete derrotar seus inimigos.
Paralelamente a isso, na Grécia, um homem misterioso, que na verdade é um guardião da fortaleza é misteriosamente avisado do que está acontecendo e parte para enfrentrar o mal munido de uma arma de luz...
Ao chegar na Romênia ele conhece a filha do Magneto em uma cena e nas seguintes eles já estão transando. Depois, munido de sua arma que parece saída de Star Wars, ele parte para enfrentar a força do mal.
Tem McKellen, Gabriel Byrne, Jürgen Prochnow, Scott Glenn, trilha de Tangerine Dream e direção de Michael Mann, mas é uma bomba quase constrangedora. Quer dizer... os efeitos de som e luz e fumacinha são mesmo ridículos. Dizem que foi montado a revelia do diretor e que este e o autor do livro abominam o que foi para as telas, tanto que nem foi lançado em DVD.
Mas no fundo, é uma diversão até razoável.
O filme é baseado em um livro apenas razoável (O Fortim) e deixa de fora alguns fatos: desesperado com o que está acontecendo, e percebendo que havia alguma força sobrenatural no lugar que a cada noite matava um soldado, dilacerando suas gargantas, o capitão do exército alemão que primeiro chegara ao fortim avisa a seus superiores, que mandam como reforço um pelotão da SS comandado por um major que era inimigo do tal capitão por este não ser nazista. Logo na primeira noite o major da SS recebe a visita de dois de seus soldados que foram mortos pelo tal ser e decide convocar o professor Cuza, um pesquisador do lugar, que se vale da inimizade entre os alemães para tirar a filha do local.
O ser se chamava Molasar, havia sido braço direito de Vlad Tepes, o famigerado Drácula e tinha a forma de um ser humano normal, mas com mais de 2 metros e olhos negros que atemorizavam seus adversários. Ele precisava fugir e para isso usava os corpos dos soldados mortos como zumbis para desenterrar uma relíquia que precisava ser retirada do fortim pois impedia sua saída. Molasar também contralava os ratos do local.
Cuza e a filha não estavam em um campo de concentração: ele havia perdido seu emprego numa universidade por ser judeu e estar doente. Cuza se alia a Molasar quando descobre que a missão do Major da SS era criar um campo de concentração na Romênia, depois de cumprida sua missão no fortim. Não há padre algum e nem o massacre dos camponeses, e o livro revela as origens do demônio e de Glenn, seu perseguidor que parte de Portugal, e não da Grécia.

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