sábado, 5 de abril de 2014

EXPRESSO DO AMANHÃ

(SNOWPIERCER)
Coréia / EUA / República Tcheca / França - 2013
Dir.: Joon-ho Bong



Quando um experimento para acabar com o aquecimento global dá errado, a Terra entra em uma nova era glacial e os poucos sobreviventes são reunidos em um lugar inusitado: um trem gigantesco, fruto da obsessão de um milionário megalomaníaco, e que leva um ano para cruzar o planeta, percorrendo 438.000 km, em meio ao gelo e cidades abandonadas.
A estrutura social lembra muito a de alguns países do antigo terceiro mundo: miséria e abandono total na cauda, e luxo, fartura e conforto na parte da frente (uma horizontalização simplória da pirâmide social)
Cansados da condição miserável em que vivem, os da parte de trás, liderados por Curtis (Chris Evans) e Gilliam (John Hurt) bolam um plano para tomar o controle do trem e subverter a ordem vigente.
Trama absurda (típica dos filmes apocalípticos da década de 80), em um filme B superproduzido e dirigido pelo diretor de "The Host", em seu primeiro filme em inglês, baseado em uma graphic novel francesa.
O trem é um show de cenografia: tem a parte miserável, um vagão-aquário, outros são um jardim, parque aquático, danceteria, salas de aula, etc.
O elenco é estelar: Evans, Hurt, a musa Tilda Swinton em um papel que lembra muito Jonny Depp em "A Fantástica Fabrica de Chocolates", Jamie Bell e Ed Harris.
É tudo muito ágil, com algumas cenas de luta com clara influência do cinema oriental, muita pompa, violência, mas que não chega a lugar nenhum. Se se levasse menos a sério, abandonasse a explicação idiota sobre a revolta na parte final, e se assumisse como filme B, talvez fosse mais divertido.

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