domingo, 8 de agosto de 2021

ENTROPIC


(ENTROPIC)

Canadá - 2019

Dir.: Robert W. Gray

Visto como lindo e aparentemente objeto do desejo de todos a sua volta, sujeito se cansa de ser visto como um reles objeto, e se propõe a se tornar exatamente isso.

Ele convence um amigo a dopá-lo, e assim ele ficará a mercê dos desejos de pessoas que conhece, que podem desfrutar de seu corpo como quiser, desde que não o firam.

A ideia é discutir o corpo como forma de expressão, e de como exaltação à beleza é vazia.

Só que parece faltar alguma coisa. Em dado momento, o assistente do bonitão comenta que os desejos das pessoas são chatos. E são mesmo: nesse ponto o filme acerta, pois as pessoas parecem ver o sujeito como algo bonito, que está ali apenas para satisfazer algum desejo seu, e não como alguém com quem teriam interesse em interagir no mundo real.

Fica a impressão que talvez tenha faltado ousadia, ou um maior aprofundamento filosófico ao filme, e também discutir: será que tomo mundo repara mesmo no sujeito? Afinal, a beleza está nos olhos de quem vê.

Mas é curioso e vale ser visto fora do nicho gay masculino, ao qual foi fortemente vinculado, pois o tema vai além disso.

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